Já repararam como geralmente o ser humano é avesso ao autosacrifício?
Isso sempre foi assim, mas é agravado nesses tempos difíceis em que somos levados a acreditar que somos o centro do universo.
Queremos que tudo nos seja dado facilmente, de preferência sem qualquer esforço, tudo mastigadinho, mesmo nossos pensamentos porque, siiim, pensar dói.
Pensar dói, toma tempo, dá trabalho, dor de cabeça, angustia.
Quem tem um mínimo de humildade acaba querendo que o conhecimento venha do nada, num piscar de olhos, sem ler muito, sem remoer muito as idéias, sem obrigá-las a ter coerência entre si e com a realidade, quase que por intuição, como nos desenhos animados quando uma lâmpada acende em cima da cabeça. Já quem acreditou no conto do vigário moderno acha que nem precisa de nada disto, qualquer opinião que emita é boa e vale a mesma coisa que a de qualquer um.
Claro que há excessões, mas mesmo aqueles que se esforçam são tentados a parar quando começa a doer, sobretudo quando o conhecimento que obtêm não pode ser transformado em glória própria, em reconhecimento público de sua capacidade.
Não há remédio milagroso, quem quer buscar a verdade deve começar a se acostumar o quanto antes à disciplina e à dominar seus apetites desordenados. O jejum e a oração são um verdadeiro bem, são mais proveitosos às almas do que um milhão sensações agradáveis.
"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
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