sábado, 1 de setembro de 2012
Em defesa do Prof. Carlos
Vou quebrar esse longo período sem postagens para trazer um assunto da mais alta importância.
Na quinta-feira passada o professor Carlos Ramalhete publicou em sua coluna no jornal Gazeta do Povo uma reflexão sobre a adoção. Defendendo que o Estado não possui um poder legítimo para criar realidades, ele chama de "abuso" a decisão de entregar uma criança à dois homens, determinando que se inscreva na certidão de nascimento que os dois são "pais" dela.
Evidentemente, isto bastou para uma patrulha ideológica se levantar contra ele e contra o jornal.
Bem organizados, como é comum neste novo tipo de terrorismo, rapidamente surgiram petições públicas, ameaças de morte e à integridade física, calúnias, difamações e choveram cartas e emails na redação do jornal pedindo a sua demissão.
A questão obviamente ultrapassa em muito uma simples decisão do STJ. O pano de fundo é a defesa da família contra uma sociedade que se crê maior e mais importante do que ela.
Na visão clássica, esposada e elevada pela Igreja, os direitos existem desde sempre, como a própria realidade em si, se centram na pessoa e vão se diluindo à medida que se afastam dela. Na visão moderna, de quem agora ataca o professor, o Estado é quem detêm todo poder, e é a partir dele que os direitos e as realidades são criados, ou seja, a pessoa só possui certo direito porque o Estado (ou o que lhe faça as vezes, como a ONU, pex.) lhe garante.
A primeira é a visão da absoluta e esmagadora maioria dos brasileiros, a segunda de uma ínfima minoria. Ocorre que esta minoria é muito bem financiada e organizada, e conseguiu há muito tempo alterar a forma como o direito é feito e aplicado no Brasil. Agora, não satisfeitos, querem mudar também a forma como pensam os brasileiros, calando as vozes que ousam discordar publicamente.
Por isto é tão importante defender o direito do prof. Carlos se manifestar. Calar agora, no pouco, é permitir que essa conduta terrorista, de perseguições e agressões seguidas e dispersas, se torne corrente, até que ninguém mais possa defender em público a posição firme e natural da Igreja.
Então, peço encarecidamente aos meus leitores que assinem o abaixo-assinado em defesa do professor Carlos Ramalhete, que se encontra aqui.
À medida do possível repassem também para os seus contatos, explicando a extrema importância desse ato.
É muito importante que vocês rezem antes de tudo pelo prof. Carlos e sua família, e em hipótese alguma pratiquem qualquer tipo violência contra os perseguidores (nem mesmo verbal), pois é exatamente o que eles procuram, é a armadilha comum na tática deles para derrubar e conseguir munição.
A única forma de lutar contra essa violência organizada é a Santidade.
O mais triste disto tudo é que, uma vez estabelecida esta ditadura absoluta do Estado, os próprios perseguidores se tornarão perseguidos. Eles não perceberam ainda, mas a visão que defendem só serve à uma pessoa, o governante e, ao contrário de dar liberdades, essas pequenas coisas, dia-a-dia, as minam.
"tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Núncio da Costa Rica pede que os bispos voltem a distribuir a comunhão de joelhos e na boca
A Notícia já tem alguns dias, mas acho importante dar eco à informação. A fonte é a Una Voce Brasil Segue, depois eu volto:
Voltei.
Já ouvi várias "explicações" para justificar a quase obrigatoriedade da comunhão de pé e na mão que alguns padres impõem em suas paróquias. A pior delas, sem dúvidas, defendia que só crianças são alimentadas na boca, como adultos nós mesmos devemos nos servir sozinhos.
Esta idéia tem por base uma heresia já muitas vezes condenada, segundo a qual a Santa Missa seria somente uma ceia, um encontro de amigos ou, sei lá, uma comemoração da comunidade. Não por acaso tempos depois fiquei sabendo que alguns "ministros extraordinários" desta paróquia capixaba estavam aprendendo que Cristo não está realmente na hóstia consagrada, seria apenas um símbolo.
Vale lembrar que a postura ordinária para a recepção das Sagradas Espécies é de joelhos e na boca. O Missal Romano trata outras formas como exceção, "onde for permitida" ele diz. E não sem razão. Tanto assim que o Santo Padre há muito tempo só distribui a comunhão na boca para pessoas de joelhos.
Nada mais coerente, pois, enquanto ainda cardeal, ele escreveu: "Consequentemente, dobrar os joelhos perante a presença de Deus vivo é irrenunciável" e ainda: "Quem aprende a ter Fé, também aprende a ajoelhar-se; uma Fé ou uma Liturgia que desconhecesse a genuflexão seria afetada num ponto central. Onde ela se perdeu, tem de ser reaprendida, para que a nossa oração permaneça na comunidade dos Apóstolos, dos Mártires, de todo o Cosmos e em união com o próprio Jesus Cristo." (Introdução ao Espírito da Liturgia).
Os frutos são tantos que vários assessores próximos ao Santo Padre têm defendido que o seu exemplo seja seguido em todas as Igrejas Particulares. Rumores sempre surgem aqui e acolá sobre uma possível revogação ou mudança no indulto da comunhão na mão, o que eu acho bastante improvável no atual estado das coisas. Seria melhor que os Senhores Bispos, diante dos gestos tão eloqüentes de Sua Santidade, nem esperassem uma chamada à ordem da Santa Sé, ou do Núncio, mas acho que alguns, mesmo com tantos sinais, ainda serão pegos de surpresa qualquer hora dessas.
O Excelentíssimo senhor Núncio Apostólico na Costa Rica, Arcebispo Pierre Nguyen van Tot, solicita formalmente aos bispos do país que voltem a distribuir a comunhão aos fiéis ajoelhados e diretamente na boca, como é o costume da Igreja nunca abolido, nem proibido.
O fato dum Núncio Apostólico pedir que tal postura seja adotada mostra que não só a reforma da reforma está em marcha, a passos largos, mas que uma compreensão da missa enquanto sacrifício – considerada pelos teólogos modernistas como superada – está voltando naturalmente.
Eis o efeito Bento XVI. Através de exemplos, não através de decretos que se tornam letra morta, o Papa está mudando a face da Igreja. É claro que é um processo lento, mas não podemos ignorar que é um processo que está acontecendo!(Una Voce Costa Rica)
Uma postura corporal de acordo com a grandeza do Mistério Eucarístico; já que, como explicamos antes, é necessário assegurar-se que a fé professada se expresse e transmita adequadamente nas ações litúrgicas. E isso resulta particularmente urgente no contexto que estamos vivendo; pois é imperiosa a necessidade de combater com especial força o já mencionado materialismo e o relativismo dos nossos dias. Portanto, sem deixar de valorizar o que até agora foi feito, estou convencido de que é necessário tomar novas medidas para resolver tais circunstâncias prementes em que vivemos.
Este é o momento propicio para que, atendendo ao espirito eclesial maravilhosamente refletido no cânon 752, prestemos atenção às recomendações que – ainda que não tenham sido dadas com caráter de ensino definitivo – são fruto da mais efusiva solicitude pastoral para todas as Igrejas. Na verdade, tanto o Papa João Paulo II como nosso atual Sumo Pontífice marcaram um caminho de testemunho e ensino que poderíamos facilmente resumir com as palavras de Bento XVI:
“… ao fazer agora que se receba a comunhão de joelhos e ao dá-la na boca, quis colocar um sinal de respeito e chamar a atenção para a presença real (…) quis estabelecer um sinal claro. Deve ser visto com clareza que ali há algo especial. Aqui está presente Ele, diante do qual todos caem de joelhos. Prestem atenção!”
Sua Eminência, o cardeal Antonio Cañizares Lloveira, Prefeito da Congregação para o Culto Divino, também fez eco deste alerta, fazendo-nos ver a conveniência de assumir esta recomendação.
Coerente com isso, e levando em consideração a necessidade de experimentarmos também nas dioceses deste país, solicito formalmente a Conferência Episcopal de Costa Rica que, assumindo as normas universalmente constituídas, nesta província eclesiástica, se volte a distribuir a comunhão aos fiéis na boca, estando os mesmos ajoelhados. Ao fazê-lo estaremos dando um importante apoio para uma correta compreensão da grandeza incomensurável do Sacramento Eucarístico.
Voltei.
Já ouvi várias "explicações" para justificar a quase obrigatoriedade da comunhão de pé e na mão que alguns padres impõem em suas paróquias. A pior delas, sem dúvidas, defendia que só crianças são alimentadas na boca, como adultos nós mesmos devemos nos servir sozinhos.
Esta idéia tem por base uma heresia já muitas vezes condenada, segundo a qual a Santa Missa seria somente uma ceia, um encontro de amigos ou, sei lá, uma comemoração da comunidade. Não por acaso tempos depois fiquei sabendo que alguns "ministros extraordinários" desta paróquia capixaba estavam aprendendo que Cristo não está realmente na hóstia consagrada, seria apenas um símbolo.
Vale lembrar que a postura ordinária para a recepção das Sagradas Espécies é de joelhos e na boca. O Missal Romano trata outras formas como exceção, "onde for permitida" ele diz. E não sem razão. Tanto assim que o Santo Padre há muito tempo só distribui a comunhão na boca para pessoas de joelhos.
Nada mais coerente, pois, enquanto ainda cardeal, ele escreveu: "Consequentemente, dobrar os joelhos perante a presença de Deus vivo é irrenunciável" e ainda: "Quem aprende a ter Fé, também aprende a ajoelhar-se; uma Fé ou uma Liturgia que desconhecesse a genuflexão seria afetada num ponto central. Onde ela se perdeu, tem de ser reaprendida, para que a nossa oração permaneça na comunidade dos Apóstolos, dos Mártires, de todo o Cosmos e em união com o próprio Jesus Cristo." (Introdução ao Espírito da Liturgia).
Os frutos são tantos que vários assessores próximos ao Santo Padre têm defendido que o seu exemplo seja seguido em todas as Igrejas Particulares. Rumores sempre surgem aqui e acolá sobre uma possível revogação ou mudança no indulto da comunhão na mão, o que eu acho bastante improvável no atual estado das coisas. Seria melhor que os Senhores Bispos, diante dos gestos tão eloqüentes de Sua Santidade, nem esperassem uma chamada à ordem da Santa Sé, ou do Núncio, mas acho que alguns, mesmo com tantos sinais, ainda serão pegos de surpresa qualquer hora dessas.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Não quero uma Igreja de direita
O chato de discordar das opiniões "oficiais" é enfrentar a qualificação quase automática de quem é "politicamente conscientizado". Se eu não concordo com aquilo que geralmente todo mundo acha bom eu só posso ser de direita, quando não ultra-direita. Já perdi as contas de quantas vezes me colocaram nesse grupo.
E não é só comigo. Eu já vi muitas pessoas se referindo a uma tal igreja de esquerda e uma tal igreja de direita. A primeira geralmente ligada à TL, PJ, CEB, etc, e a segunda identificada com quem não se encaixa nas hipóteses anteriores.
O problema, meus queridos, é que como diz um amigo: esquerda e direita são conceitos que nasceram na Revolução Francesa, eu não gosto é da própria Revolução.
Creio que foi Chesterton quem disse uma vez que achava uma bobagem os homens se dizerem de esquerda ou de direita (alguém lembra em que livro foi? procurei por alto no Ortodoxia mas não achei). Eu, como não poderia deixar de ser, concordo e acrescento: é uma bobagem e extremamente perigoso. Basta ver os Partidões e a escravidão das consciências que fazem parte deles. Quanta gente boa que assina embaixo de coisa como o Aborto só porque o Partido quer assim? Conheço algumas.
Se é assim no individual, imaginem como me sinto quando isto é aplicado à Igreja. A idéia de uma igreja de esquerda me entristece tanto quanto a de uma igreja de direita, nenhuma das duas quer o Evangelho, nenhuma das duas é livre, nenhuma das duas pode ser de Cristo. A Igreja é que deve julgar a justiça das idéias e não ser direcionada por elas. Se não seguir só o Cristo, não é Igreja, pronto falei.
Eu creio é na Igreja Católica Apostólica Romana, na Igreja de Cristo, no que foi sempre ensinado por Ela através do seu Magistério. Se isto as vezes agrada à direita ou à esquerda, melhor para elas, mas não me faz gostar nem um pouco mais de uma ou outra, desgosto das duas e me enoja a idéia de ter que pensar dentro dos quadrinhos de uma delas. Desta forma, podem me chamar de ultra-direita ou ultra-esquerda, desde que o "ultra" signifique que eu estou fora das duas.
Portanto, não, eu não quero uma igreja de direita, tanto quanto não quero uma igreja de esquerda. Para mim as duas podem ir juntas, abraçadas, para o raio que as parta. Rejeito a mera idéia de uma Igreja que esteja submetida a uma ideologia. Quero A Igreja.
p.s: a título de esclarecimento devo dizer que até acho possível (embora muito complicada devido às regras atuais) uma participação política partidária, desde que exista liberdade de consciência, que não haja incompatibilidade entre a Fé e a ideologia do partido e que a Doutrina Social da Igreja paute a atuação e não as diretrizes partidárias. Em suma, seria necessário quase um santo.
"tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
Renda Extra
Uma postagem diferente só para fazer um merchan. Para quem ainda não sabe, fiz uma lojinha virtual para dar uma aumentada na renda. Toda ajuda é bem vinda.
A loja é a Força Geek. Como o próprio nome diz, é voltado para o público geek, mas tem coisa interessante para todo mundo. Dá uma força lá.
Pronto. Agora de volta à nossa programação normal.
A loja é a Força Geek. Como o próprio nome diz, é voltado para o público geek, mas tem coisa interessante para todo mundo. Dá uma força lá.
Pronto. Agora de volta à nossa programação normal.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
1° Encontro de Comunicadores Católicos da Arquidiocese de Vitória-ES
Conforme adiantei, essa é a notícia da vez na Arquidiocese. No dia 19 de maio será realizado o primeiro encontro de comunicadores católicos, com conteúdo fortemente voltado para a presença no mundo virtual.
É uma iniciativa que já existe há algum tempo em outras dioceses, mas que não deixa de ser atual, principalmente se levarmos em consideração a pouca utilização das novas ferramentas por padres, organismos diocesanos, paróquias e, porque não, pelos próprios bispos (alguém sabe qual se algum deles tem twitter? - a pergunta é sincera) .
Eu tenho a idéia de fazer algo semelhante, mas em uma linha diferente, já tinha inclusive conversado com alguns amigos, quem sabe este não é o pontapé inicial que precisamos.
Certamente, mais importante do que qualquer conteúdo novo que possa ser passado nas oficinas será o contato com outros blogueiros e comunicadores. Não tenho dúvidas de que, havendo participação, este será um evento imperdível, para ser colocado na lista de prioridades de quem tem blog, site, twitter, facebook, ou pretende usar essas plataformas no futuro.
Portanto, se você leva a sério sua apologética, sua evangelização ou seu informativo no mundo virtual, você não pode deixar de participar. É importantíssima essa convivência com os irmãos. Quem puder, divulgue.
As inscrições devem ser feitas no site da Arquidiocese e a taxa é de R$20,00 e pode ser paga no dia do evento.
A programação é a seguinte:
O encontro terá dois momentos: no primeiro, pela manhã, um ciclo de
palestras e à tarde, as oficinas temáticas.
Palestras (das 8:30 às
12:00):
Dom Luiz Mancilha Vilela, Arcebispo
de Vitória: falará sobre a mensagem do Papa Bento XVI para o dia das
comunicações;
Elson Faxina, mestre em Comunicação
Social da Universidade do Paraná: falará sobre o tema central, Comunicação
em Rede.
Edgard Rebouças, doutor em
comunicação, professor e coordenador do Observatório de Mídia local apresentará um
levantamento sobre a realidade da comunicação na Arquidiocese de Vitória.
Oficinas (das 13:30 as
16:30):
Nas oficinas os participantes serão orientados sobre a modalidades de
comunicação escolhida e terão a oportunidade treinar as linguagens específicas
de cada veículo como exercício para suas práticas, sempre em vista do trabalho
em rede.
Estão propostas quatro
oficinas: “Notícias: Boletim e Missa” “Twitter e
Facebook”, “Site e Blog” e “Mural e Cartaz”. Além do Grupo de Trabalho: “O papel de comunicador católico”, voltando
especificamente para os comunicadores que desenvolvem alguma atividade na mídia
local.
Atualização: achei o twitter da Arquidiocese, é @arquivix.
"tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Uma semana sem postagem
Não, não abandonei o blog de novo. Semana passada fui surpreendido por uma apendicite e fui operado de urgência. Agora estou na casa da mamãe, recebendo os paparicos, rs, mas sem um computador por perto. Essa semana devo ir para casa e já tenho algumas notícias para postar. Agradeço as orações de todos.
sábado, 21 de abril de 2012
Diálogo e intransigência de princípios ensina S. Pio X, mas poderia ser Bento XVI
Em tempos de problemas no diálogo (seja na recusa pura e simples, seja na aceitação de todo erro), um trecho providencial para o apóstolo moderno: buscar as almas que estão sob o seu cuidado, mesmo o maior pecador e ter princípios firmes.
"O ardente amor por Jesus e a verdadeira dileção pelas almas darão ao apóstolo todas as audácias compatíveis com o tato e com a prudência. A um leigo eminente ouvimos contar o seguinte fato: Falando com s. Pio X, tinha esse leigo, no decurso da conversação, desfechado algumas palavras mordentes sobre um inimigo da Igreja. 'Meu filho, disse-lhe o papa, não aprovo a sua linguagem. Como castigo, ouça esta história. Acabara de chegar à sua primeira paróquia um sacerdote que eu conheci muito bem. Julgou ele do seu dever visitar todas as familias: judeus, protestantes, até mações, ninguém foi excluído, e o pároco anunciou do púlpito que renovaria a visita todos os anos. Tanto se admiraram disto os colegas dele que se queixaram ao bispo. Este mandou logo chamar o acusado e repreendeu-o com veemência. 'Excelência, respondeu-lhe modestamente o pároco, Jesus no Evangelho ordena ao pastor que conduza ao aprisco todas as suas ovelhas, oportet illas adducere. Como lograr esse resultado sem ir à procura delas? De mais a mais, eu nunca transijo com os princípios; limito-me a testemunhar meu interesse e minha caridade a todas as almas, mesmo às desgraçadas, que Deus me confiou. Anunciei essas visitas do púlpito; e se é desejo formal de V.Ex.a que eu cesse de as fazer, queira ter a bondade de me dar por escrito essa proibição, a fim de que se saiba que eu apenas obedeço às ordens de V.Ex.a'. Abalado pelo acerto destas palavras, o bispo não insistiu. O futuro veio depois dar razão a esse sacerdote que teve a alegria de converter algumas dessas almas desgarradas e impôs às outras grande respeito pela nossa santa religião. O humilde sacerdote veio a ser, por vontade de Deus, o papa que agora lhe dá, meu filho, esta lição de caridade. Seja, pois, inabalável nos princípios, mas estenda sua caridade a todos os homens, mesmo que sejam os piores inimigos da Igreja." (A Alma de Todo Apostolado, p.123-124, 1910)
"tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Comemoração do aniversário de pontificado de Bento XVI - tuitaço #7BXVI
Há exatos 7 anos, Sua Santidade, Bento XVI, era eleito.
Para não deixar passar em branco esta data, que é causa de felicidade para toda a Igreja, o blog Salvem a Liturgia! está organizando algumas ações virtuais, entre elas um tuitaço marcado para começar as 16h desta quinta-feira (19/04) e terminar as 19h, com a hashtag #7BXVI.
Estarei unido a eles neste ato de amor explícito ao sucessor de Pedro, quem puder apareça por lá e ajude a colocar a tag entre as expressões mais usadas no twitter naquele horário.
"tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Alteração do dia da missa tridentina de abril - Vitória-ES
Prezados, infelizmente tivemos um imprevisto e a missa marcada para o dia 28/04 teve que ser antecipada para o próximo sábado, 21/04. O horário e o local continuam os mesmos: Igreja São Gonçalo, 08h. Espero vocês lá.
terça-feira, 17 de abril de 2012
A resposta ao preâmbulo doutrinal foi entregue e é positiva
Para quem acompanha as negociações entre a Fraternidade São Pio X e Roma, uma boa notícia, aparentemente entregaram uma resposta positiva.
Abaixo uma tradução apressada minha do artigo original publicado pelo famoso vaticanista Andrea Tornielli aqui.
Abaixo uma tradução apressada minha do artigo original publicado pelo famoso vaticanista Andrea Tornielli aqui.
***
Lefebvritas, a resposta positiva chegou
O superior da Fraternidade São Pio X subscreveu
o preâmbulo doutrinal proposto pela Santa Sé, ainda que com algumas poucas
modificações.
ANDREA TORNIELLI
Cidade do Vaticano
A resposta da Fraternidade São Pio X chegou ao
Vaticano e é positiva: segundo relatos colhidos pelo Vatican Insider o superior
dos lefebvritas, o bispo Bernard Fellay, teria assinado o preâmbulo doutrinal
que a Santa Sé havia proposto em setembro do ano passado, como condição para se
chegar à plena comunhão e a um enquadramento canônico.
Uma confirmação oficial do recebimento da
resposta deve vir nas próximas horas. Até onde temos conhecimento, o texto do
preâmbulo enviado por Fellay propõe algumas modificações não substanciais à
versão entregue pelas autoridades vaticanas: Lembramos que a própria Comissão
Ecclesia Dei não quis tornar público o documento (duas páginas bastante
densas), exatamente porque existia a possibilidade de se introduzir eventuais
pequenas alterações que, porém, não mudassem o sentido.
Em essência, o preâmbulo contém a “professio
fidei”, a profissão de fé requerida de quem assume um posto eclesiástico. E
portanto estabelece que se dê uma “submissão religiosa da vontade e da
inteligência” aos ensinamentos que o Papa e o colégio dos bispos “propõem
quando exercitam o seu magistério autentico”, ainda que não se proclamem ou
definam de modo dogmático, como no caso da maior parte dos documentos do
magistério. A Santa Sé repetiu várias vezes aos seus interlocutores da
Fraternidade São Pio X que subscrever o preâmbulo não teria significado por fim
“à legitima discussão, o estudo e a explicação teológica de cada expressão ou
formulação presente nos documentos do Concílio Vaticano II”.
Agora o texto do preâmbulo com as modificações
propostas por Fellay, e assinado por ele enquanto superior da Fraternidade São
Pio X, será submetido a Bento XVI, que um dia depois do seu octagésimo quinto
aniversário e na vigília do sétimo aniversário de sua eleição, recebe uma
resposta positiva dos lefebvritas. Resposta muito esperada e desejada por ele,
que nas próximas semanas porá fim à ferida aberta em 1988 com as ordenações
episcopais ilegitimamente celebradas pelo arcebispo Marcel Lefebvre.
É possível que a resposta de Fellay seja
examinada também pelos cardeais da Congregação para a Doutrina da Fé, na
próxima reunião da “Feria quarta”, que deve ter lugar na primeira metade de
maio. Algumas semanas a mais serão necessárias para que se chegue ao
enquadramento canônico: a proposta mais provável é a da instituição de uma “prelatura
personale” (prelazia pessoal), figura jurídica introduzida no Código de Direito Canônico de 1983 e
até agora utilizada somente pela Opus Dei. O prelado depende diretamente da
Santa Sé. A Fraternidade São Pio X continuará a celebrar a missa segundo o
missal antigo, e a formar seus padres nos próprios seminários.
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Sobre o Amor Verdadeiro
Mais uma tradução da colaboradora Rafaela Nascimento:
Sobre o Amor Verdadeiro
Alice Von Hildebrand - 1º de Julho, 2007
Vivemos em uma era
de grande confusão. Podemos dizer que
vivemos não apenas uma confusão intelectual, mas uma confusão afetiva também. Muitas
pessoas não sabem como avaliar
suas emoções, pois elas não conseguem distinguir entre sentimentos
verdadeiros e falsos. Elas não
sabem ao certo se estão amando realmente ou se estão apenas empolgados e com desejo de acreditar no amor
porque estão carentes. Elas
confundem "amar" com
estar apaixonado, ou estão sempre "discernindo", sem chegar de fato, a
uma decisão.
Longe de afirmar que eu possa responder a esta pergunta, tudo o que pretendo fazer é oferecer alguns "sinais" que podem ser úteis para as pessoas quando fizerem essa pergunta: Estou ou não estou amando verdadeiramente?
Boas experiências geralmente chegam
como uma surpresa - presentes incríveis
que não são de modo algum, frutos
de nossa artimanha ou de planejamento. Elas simplesmente nos
atropelam, e nossa primeira reação é: "Eu não sou digno de tamanho presente. Ele (ou ela) é muito
melhor do que eu". Nossos corações ficam inundados com gratidão,
uma gratidão que nos
torna humildes. Nós nos sentimos indignos
desse presente, que parece despertar-nos de um
sono profundo. Sem
dúvida, a pessoa que ama, "verdadeiramente começa a viver". A
pessoa que nunca amou vive em um estado de sonambulismo
e se move como
um robô, cumprindo seus deveres diários com apatia no coração -
um coração que parece
não bater.
Quando estamos amando, nós
experimentamos uma alegria profunda, uma alegria que é ao
mesmo tempo ardente e tranqüila, como um
arbusto em chamas, mas este ardor não é destrutivo.
A alegria vem do fundo do nosso ser e é muito diferente das fortes emoções que vivenciamos em paixões
violentas, que não
vem do interior e como um fogo de palha, duram pouco tempo e logo passam.
O coração não esta apenas pegando fogo, mas
este fogo tem um
efeito de fusão. Sentimos
como se uma bondade que não é nossa tomasse
conta de nós. Dietrich von Hildebrand fala sobre
os "fluídos de bondade" de um coração amoroso.
O amor verdadeiro faz com que a pessoa que ama fique mais bonita, ela irradia alegria. Se
este não for
o caso, podemos levantar sérias dúvidas se ela está
realmente amando. Um ditado
francês diz que: "Un saint triste est un triste saint"- um
santo triste é um triste santo. Da mesma
forma, um "amante" triste deve questionar se realmente ama. Pequenos e simples deveres são feitos com
alegria, porque ou eles são
feitos "com ele" ou
"com ela", ou porque
eles são feitos com amor.
O verdadeiro amor nos torna humildes. De repente, nossas
fraquezas, misérias e imperfeições surgem em nossas mentes,
mas sem nos causar aflição. Nós vemos os nossos erros
e temos o desejo de mostrá-los para o nosso amor, para que ele nos
ajude a superá-los. Queremos revelar-nos de uma forma pura espiritualmente,
para que verdadeiramente sejamos conhecidos
pela pessoa que
amamos, temos medo de deixar que o nosso amado
acredite que somos
melhores do que realmente somos. Nós
sentimos que o ser amado tem o direito de conhecer o nosso “verdadeiro eu” e não nossa caricatura.
O amor também está ligado a um
realismo santo. A
beleza da pessoa
amada aparece em nossa frente, mas sem
ilusão, sua beleza
não é um fruto de
uma ilusão, mas uma visão real - como no Monte Tabor - onde o amado terá
de permanecer fiel a ela, quando
essa beleza for inevitavelmente, ofuscada
pela dureza do dia-a-dia.
A pessoa que ama, sempre estará disposta a dar a pessoa amada
o que Dietrich von
Hildebrand chama de "o
crédito do amor" - isto é, quando o ente
querido age de uma maneira
que não entendemos ou que nos
decepciona, em vez de condená-lo, a
pessoa que ama vai confiar que,
a vida sendo tão complexa
como é, pode
justificar as ações do ser amado, muito embora à primeira vista, essas ações nos causem grande dor e
lamentação. A pessoa que ama verdadeiramente procura
ansiosamente por "desculpas" quando o comportamento da pessoa amada nos decepciona. Ela cuidadosamente
evita julgar a conduta do outro,
por mais difícil que isso possa parecer em um primeiro momento. Ele se alegra ao
descobrir que estava enganado.
Como é triste a peça Cymbeline de
Shakespeare, quando Posthumus é informado por um escravo
canalha que sua mulher, Imogene, o tinha traído. Ele acredita no caluniador,
embora tivesse muitas provas que comprovavam que ela o amava e que esse
amor era puro. A peça tem um
final feliz, mas esboça poderosamente a
amargura, raiva e desespero
de alguém que
fica convencido de que a pessoa que
ama, aquela cuja imagem
é a fonte de
sua alegria, o
traiu.
Podemos dizer que amamos de
verdade quando a impaciência
do ser amado, a ingratidão, ou "rudeza" (em outras palavras,
quando sua verdadeira
beleza é revelada) nos causam
mais sofrimento porque ele está manchando sua
roupa bonita e
apresenta-nos uma caricatura da sua
verdadeira face, do que se de fato tivesse nos ferido. Acima de tudo, o verdadeiro amante se entristece quando a
pessoa amada ofende a Deus. Por ordem
de importância, a ofensa a Deus é a
fonte primária de tristeza, o mal que ele faz a
sua própria alma é
a segunda; e por
último –embora seja profundamente
doloroso - é
a ferida que ele inflige
a quem o ama
tão profundamente .
Quem ama verdadeiramente está mais preocupado com os interesses da pessoa amada - o que realmente beneficie a alma da pessoa amada - que com os seus próprios. Daí a disposição de fazer sacrifícios por ela nas pequenas
coisas da vida quotidiana em que
os gostos das pessoas diferem: um quarto muito quente ou mais frio; comer em casa ou num restaurante, ir a um jogo de futebol ou ficar
em casa; assistir um programa de televisão quando o outro deseja ver um programa diferente, e assim por diante. No entanto, essa concessão deve ser limitada a casos de preferências subjetivas, é claro, e nunca deve
estender-se aos princípios. Ainda assim, todos nós sabemos de cônjuges muitas vezes mal tratados por seus maridos (ou esposas), que estão tão preocupados com o bem-estar eterno da pessoa amada que eles
aceitam todos estes sofrimentos, oferecendo-los
para sua causa.
Um grande sinal de amor
verdadeiro é o da paciência amorosa
que se tem em relação às fraquezas
do ser amado. Pode ser suas idiossincrasias, seu temperamento, suas manias
(todos nós temos), pode ser suas fraquezas físicas, suas singularidades psicológicas,
a sua incapacidade intelectual para
seguir uma linha reta de
raciocínio; seu transtorno,
ou o seu fanatismo pela ordem. Se a um monge é dado constantemente ocasiões
para "morrer para a sua própria
vontade" (como diz São Bento),
o mesmo acontece com os casamentos.
Cardeal John Henry Newman, escreve que,
mesmo nas mais profundas relações
humanas, quando o amor é autêntico,
a vida em comum dará uma abundância de oportunidades para provar o seu amor ao sacrificar as suas próprias preferências.
A História de uma Alma,
a partir deste ponto de vista, é também um tesouro espiritual.
Santa Teresa de Lisieux claramente sofreu muito com a falta de educação e boas maneiras de algumas freiras. Ela aprendeu
a santa arte de usar toda e
qualquer irritação para dar
glória a Deus, incluindo o ruído enervante
que uma irmã fazia na tenda ao lado dela,
que a impedia de rezar e de se recolher.
Ainda assim, Teresa conseguiu vencer tudo isso através do amor.
Surpreendentemente, isso também pode trazer felicidade e melhorar os casamentos,
mesmo quando a pessoa que amamos tenha ferido nossos corações. O verdadeiro amante, cujo amor é
batizado, vai usar estes sacrifícios insignificantes como faziam na Idade
Média, quando artistas usavam pequenas porções de lã para fazer tapeçarias
maravilhosas.
O verdadeiro amante sempre usa palavra "obrigado". Também é fácil para
ele dizer "me perdoe", para bem do relacionamento, por que inevitavelmente
nós cometemos erros. Se alguém imagina
que ele pode encontrar-se em uma situação em que ele nunca vai cometer um erro, essa pessoa não deve se casar, ou ter
filhos, ou entrar para um
convento. A arte sagrada da vida é saber que vamos
cometer erros, reconhecê-los,
arrepender-se e, com a graça de Deus,
ter a prontidão para a mudança.
Simultaneamente, é
importante que ambos reconheçam os seus erros. Todos nós conhecemos
casos em que uma das pessoas
é sempre crítica do
outro e facilmente se esquece
que "a prontidão para a mudança"
deve ser recíproca, e que ele também é afetado pelo pecado original.
Outra característica do amor
verdadeiro é que o ser amado "está sempre presente” com a gente, mesmo quando estamos ocupados ou absorvidos com alguma obrigação. Ele cria o quadro de
nossos pensamentos (depois de Deus). Assim como a fé em Deus e o amor de Deus devem ser sempre o fundo de todos os nossos pensamentos e ações, o ente querido está sempre conosco, ou seja, tudo o que nos acontece
esta sempre relacionado com a pessoa amada.
O amante sente uma urgência
santa para dizer "obrigado" e "me perdoe". Ela brota do seu coração sem esforço. O verdadeiro
amante experimenta a verdade profunda
das palavras do Cântico
dos Cânticos: "Se alguém desse toda a riqueza de sua casa em troca do amor, só obteria desprezo".
sábado, 14 de abril de 2012
Mais uma festa da Penha, mais uma romaria dos homens
"Virgem da penha, minha Alegria, Senhora Nossa, Ave Maria!"
Para quem esqueceu, hoje tem a tradicional romaria dos homens. Eu vou estar lá junto com amigos, quem quiser ir é só aparecer, se quiser nos acompanhar é só entrar em contato, vamos marcar. Até lá.
A romaria saí da catedral as 19h e vamos até os pés do convento, louvando a Deus, rezando o terço e agradecendo nossa mãezinha.
Se você nunca foi está mais do que na hora de começar e esse ano, depois da monstruosa decisão do STF, temos mais do que motivos para ir.
Se quer saber mais sobre esta festa muito tradicional e uma das maiores do Brasil em honra de Nossa Senhora remeto a um post antigo.
"tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Dia de Luto
Está inaugurada no Brasil a caminhada rumo ao massacre de inocentes.
Esta primeira linha pode soar muito trágica, mas não se enganem, é disso mesmo que se trata: o primeiro passo na tentativa da liberalização total do aborto e, depois, da eutanásia e da eugenia pura e simples, mesmo de pessoas já crescidas.
A decisão de ontem do STF é um problema muito complexo, que envolve questões políticas, científicas, filosóficas e humanas.
Politicamente o STF, que deveria ser o Guardião da Constituição, resolveu que quando o Legislativo não quer fazer a lei que lhes agrade, eles mesmos fazem. O recado é claro: não queremos saber de democracia quando o assunto são os nossos interesses. E daí se as leis devem ser propostas e votadas pelos representantes do povo? E daí se o povo é em sua maioria acachapante contra o aborto? Nós somos o verdadeiro "povo", somos a vontade popular e é de nós que "todo poder emana" (art. 1°, parágrafo único da Constituição Federal), nós, os 8 ministros do STF.
É o primeiro problema, mas não o mais grave. Foram contra a vontade do povo brasileiro, são traidores da pátria. Jogaram no lixo a democracia, são, portanto, seus inimigos. Mas a esfera política é só a mais abstrata e sem importância de todas.
Cientificamente eles bateram o martelo sobre a vida e a certeza científica, tendo querido fazer isto ou não. A ministra Rosa Weber até tentou deslocar a discussão do plano científico, lembrando que a Teoria da Ciência mais atual retira o seu caráter de certeza absoluta, para substituí-lo por uma mera probabilidade. Porém, neste caso, a questão jurídica está intimamente ligada à científica. O diagnóstico médico será usado como única prova necessária para o aborto.
Quem em sã consciência acredita 100% em um diagnóstico médico? Diariamente quantos diagnósticos se mostram errados? Qual a percentagem do encéfalo não deve existir para se considerar anencefalia? E os casos concretos de bêbes diagnosticados como anencefálicos que sobreviveram mais de um ano? Quem fiscalizará o diagnóstico? Quem garante que o médico não deixará suas convicções influenciarem para o diagnóstico que "poupa o sofrimento da mãe"? Alguns ministros, depois de feita a besteira, se aperceberam do tamanho do problema e tentaram fazer com que o relator mudasse seu voto. Em vão. Segundo ele: "se houver erro de diagnóstico se processa depois".
Filosoficamente também tivemos o estabelecimento de entendimentos perigosos, vou citar os que lembro de cabeça: 1 - A vida do feto é inferior ao sofrimento da mãe - ora, se por causar sofrimento uma vida pode ser terminada, quem garante que no futuro um filho problemático, alguém com Sindrome de Down, ou cego, mudo, surdo, com alguma deficiência e incapacidade não será abortado ou assassinado legalmente?; 2 - A vida não é vida quando a morte é iminente (parece brincadeira, mas um ministro disse que a anencefalia é fatal em 100% dos casos, como se qualquer vida não fosse) - ora, neste caso pessoas com doenças em estado terminal também podem ser assassinados; 3 - "A vida não é para a morte, a vida é o espetáculo de viver" - É duro saber que saiu da boca de um ministro da Suprema Corte uma coisas destas, mas é pior ainda saber que, seguindo este raciocínio, quem não vai participar do espetáculo pode morrer: quem vai sofrer, quem não tem condições de uma vida digna, crianças que vão passar fome, quem escolhe sofrer por amor ao próximo, etc...
Tudo isto é muito ruim e muito perigoso, mas a pior conseqüência do malfadado julgamento de ontem é, sem dúvidas, humano. Quando o ser humano aceita discutir sobre o valor da vida, quando ele permite que critérios utilitários sejam usados para dar valor a uma pessoa, ou não reconhece como tal um ser a quem falta apenas um pedaço, quando não vê mais valor no sofrimento, é porque se chegou ao fundo do poço. Não há civilização, sociedade, país ou comunidade que se mantenha sobre esses "valores", porque deixaram de se preocupar com a humanidade. São recentes na história do mundo exemplos de fracassos iguais: Alemanha nazista e comunismo de modo geral.
Como bem disse meu querido pastor, D. Luíz Mancilha Vilela, o sofrimento muitas vezes torna a família mais humana e cheia de compaixão, ao passo que o aborto torna as pessoas envolvidas menos humanas.
E nós, o que devemos fazer? Primeiro e antes de tudo rezar, não só para esta causa, mas de maneira a cultivar uma vida interior, como eu disse no último post. Segundo, nunca, jamais, esquecer da pessoalidade dos envolvidos. Abstrair a humanidade do outro lado já é entrar no seu jogo. Terceiro, não se esquecer do sofrimento da mãe e da família. Na quase totalidade dos casos a mãe está sob forte abalo e, embora o ato seja um crime, ela não é um monstro. Por fim, dentro das suas capacidades se formar sobre o assunto desde outros pontos de vista e evitar dar argumentos religiosos. Não se esqueça de que quem defende o aborto não é católico e pouco vai ligar para a Revelação, isto vai ajudar apenas a criar uma dicotomia entre razão e fé, que não é verdadeira e agrava os preconceitos do outro lado.
Diante do calor do momento vou publicar este texto sem revisar, mais tarde faço alguma alteração se achar necessário.
"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
Esta primeira linha pode soar muito trágica, mas não se enganem, é disso mesmo que se trata: o primeiro passo na tentativa da liberalização total do aborto e, depois, da eutanásia e da eugenia pura e simples, mesmo de pessoas já crescidas.
A decisão de ontem do STF é um problema muito complexo, que envolve questões políticas, científicas, filosóficas e humanas.
Politicamente o STF, que deveria ser o Guardião da Constituição, resolveu que quando o Legislativo não quer fazer a lei que lhes agrade, eles mesmos fazem. O recado é claro: não queremos saber de democracia quando o assunto são os nossos interesses. E daí se as leis devem ser propostas e votadas pelos representantes do povo? E daí se o povo é em sua maioria acachapante contra o aborto? Nós somos o verdadeiro "povo", somos a vontade popular e é de nós que "todo poder emana" (art. 1°, parágrafo único da Constituição Federal), nós, os 8 ministros do STF.
É o primeiro problema, mas não o mais grave. Foram contra a vontade do povo brasileiro, são traidores da pátria. Jogaram no lixo a democracia, são, portanto, seus inimigos. Mas a esfera política é só a mais abstrata e sem importância de todas.
Cientificamente eles bateram o martelo sobre a vida e a certeza científica, tendo querido fazer isto ou não. A ministra Rosa Weber até tentou deslocar a discussão do plano científico, lembrando que a Teoria da Ciência mais atual retira o seu caráter de certeza absoluta, para substituí-lo por uma mera probabilidade. Porém, neste caso, a questão jurídica está intimamente ligada à científica. O diagnóstico médico será usado como única prova necessária para o aborto.
Quem em sã consciência acredita 100% em um diagnóstico médico? Diariamente quantos diagnósticos se mostram errados? Qual a percentagem do encéfalo não deve existir para se considerar anencefalia? E os casos concretos de bêbes diagnosticados como anencefálicos que sobreviveram mais de um ano? Quem fiscalizará o diagnóstico? Quem garante que o médico não deixará suas convicções influenciarem para o diagnóstico que "poupa o sofrimento da mãe"? Alguns ministros, depois de feita a besteira, se aperceberam do tamanho do problema e tentaram fazer com que o relator mudasse seu voto. Em vão. Segundo ele: "se houver erro de diagnóstico se processa depois".
Filosoficamente também tivemos o estabelecimento de entendimentos perigosos, vou citar os que lembro de cabeça: 1 - A vida do feto é inferior ao sofrimento da mãe - ora, se por causar sofrimento uma vida pode ser terminada, quem garante que no futuro um filho problemático, alguém com Sindrome de Down, ou cego, mudo, surdo, com alguma deficiência e incapacidade não será abortado ou assassinado legalmente?; 2 - A vida não é vida quando a morte é iminente (parece brincadeira, mas um ministro disse que a anencefalia é fatal em 100% dos casos, como se qualquer vida não fosse) - ora, neste caso pessoas com doenças em estado terminal também podem ser assassinados; 3 - "A vida não é para a morte, a vida é o espetáculo de viver" - É duro saber que saiu da boca de um ministro da Suprema Corte uma coisas destas, mas é pior ainda saber que, seguindo este raciocínio, quem não vai participar do espetáculo pode morrer: quem vai sofrer, quem não tem condições de uma vida digna, crianças que vão passar fome, quem escolhe sofrer por amor ao próximo, etc...
Tudo isto é muito ruim e muito perigoso, mas a pior conseqüência do malfadado julgamento de ontem é, sem dúvidas, humano. Quando o ser humano aceita discutir sobre o valor da vida, quando ele permite que critérios utilitários sejam usados para dar valor a uma pessoa, ou não reconhece como tal um ser a quem falta apenas um pedaço, quando não vê mais valor no sofrimento, é porque se chegou ao fundo do poço. Não há civilização, sociedade, país ou comunidade que se mantenha sobre esses "valores", porque deixaram de se preocupar com a humanidade. São recentes na história do mundo exemplos de fracassos iguais: Alemanha nazista e comunismo de modo geral.
Como bem disse meu querido pastor, D. Luíz Mancilha Vilela, o sofrimento muitas vezes torna a família mais humana e cheia de compaixão, ao passo que o aborto torna as pessoas envolvidas menos humanas.
E nós, o que devemos fazer? Primeiro e antes de tudo rezar, não só para esta causa, mas de maneira a cultivar uma vida interior, como eu disse no último post. Segundo, nunca, jamais, esquecer da pessoalidade dos envolvidos. Abstrair a humanidade do outro lado já é entrar no seu jogo. Terceiro, não se esquecer do sofrimento da mãe e da família. Na quase totalidade dos casos a mãe está sob forte abalo e, embora o ato seja um crime, ela não é um monstro. Por fim, dentro das suas capacidades se formar sobre o assunto desde outros pontos de vista e evitar dar argumentos religiosos. Não se esqueça de que quem defende o aborto não é católico e pouco vai ligar para a Revelação, isto vai ajudar apenas a criar uma dicotomia entre razão e fé, que não é verdadeira e agrava os preconceitos do outro lado.
Diante do calor do momento vou publicar este texto sem revisar, mais tarde faço alguma alteração se achar necessário.
"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
quarta-feira, 11 de abril de 2012
O triste caso do cristão sem vida
Já há algum tempo eu acompanho a movimentação e o crescimento do número de católicos preocupados com a Sã Doutrina, com a Liturgia e com a Apologética, e desde então é muito fácil encontrar entre eles alguns que conhecem muito da teoria mas tem pouca, ou nenhuma, vivência cristã. Em casos mais extremos a pessoa sequer freqüenta a missa, mas sabe de cor documentos do magistério, analisa com facilidade os detalhes de qualquer texto e está pronto para distribuir os anátemas se necessário.
Não que eu ache que conhecimento seja ruim, muito pelo contrário, quem tem o dom da inteligência deve procurar utilizá-lo para a Maior Glória de Deus. O problema está na falta de uma vida interior, como se o conhecimento suprisse a sua falta ou, pior, como se ela fosse algo menor, descartável.
De um outro lado, verifico também que há muitos preocupados com as obras, fazendo sites e blogs, participando de toda e qualquer disputa, enchendo seus facebooks e twitters com inúmeras citações por minuto.
Mais uma vez, não que eu ache ruim atacar o erro onde quer que ele esteja ou evangelizar do alto dos telhados. Como a inteligência, essa capacidade prática deve ser utilizada para levar o Evangelho sim, mas, também como no caso anterior, o problema está em elevar toda esta atividade à categoria essencial, relegando a vida interior à margem.
O que ocorre meus amigos é que a vida do cristão é antes de tudo interior, é mais do que qualquer outra coisa uma conversa íntima com o Senhor, de adeqüação da própria vontade com a vontade divina. Sem este contato com a oração, com a mortificação da inteligência e da memória, da sensibilidade e da imaginação, para querer sempre a vontade do criador, muita dessa agitação é seca e sem fruto.
Se você passa seu dia falando de Deus para todos e poucos minutos ou nenhum falando com Ele, você está perdendo tempo. Não só está produzindo muito menos do que poderia, como está contando os passos para acabar testemunhando contra aquilo que prega.
Se chegou até este blog e está no meio da sua formação, saiba o seguinte: é muito mais importante que dedique horas à vida interior do que ao estudo ou à obra em si. Procure a oração e sobretudo a comunhão (de preferência diária), busque confrontar suas atitudes com a vontade divina e mortificar aquilo que ainda não está em conformidade. Provavelmente você terá menos tempo para suas atividades, mas com certeza os frutos multiplicarão.
Não se preocupe tanto em produzir uma biblioteca, Deus não precisa de nenhum dos seus escritos. Ele se encarrega de mostrar o caminho às almas sedentas dEle sem que precise passar pelo seu site, facebook, twitter, etc. Deixe que Ele mesmo vai colocando você no caminho, inflamando sua alma para esta ou aquela obra e os mais próximos já estarão sendo convertidos pelo exemplo e por sua oração, muito mais do que por um texto bonito ou uma idéia brilhante.
Se você não vai à missa, passe a ir urgentemente. Se ela não é bem celebrada na sua paróquia não tem problema, leve o terço e junte o seu sofrimento com o de Cristo. Se você sofre vendo sacrilégios, imagine como Ele está, e então faça o seu desagravo, não com raiva, querendo bater no padre, mas mergulhando o seu coração no dEle e colocando-se ao lado de Nossa Senhora. «Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!» (Lucas 23,34).
Este é o meu conselho para quem está iniciando agora seu apostolado pela internet, ou mesmo para quem já está aqui há muito tempo. Se tomar por mim, nós ainda temos muito a melhorar.
"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
Não que eu ache que conhecimento seja ruim, muito pelo contrário, quem tem o dom da inteligência deve procurar utilizá-lo para a Maior Glória de Deus. O problema está na falta de uma vida interior, como se o conhecimento suprisse a sua falta ou, pior, como se ela fosse algo menor, descartável.
De um outro lado, verifico também que há muitos preocupados com as obras, fazendo sites e blogs, participando de toda e qualquer disputa, enchendo seus facebooks e twitters com inúmeras citações por minuto.
Mais uma vez, não que eu ache ruim atacar o erro onde quer que ele esteja ou evangelizar do alto dos telhados. Como a inteligência, essa capacidade prática deve ser utilizada para levar o Evangelho sim, mas, também como no caso anterior, o problema está em elevar toda esta atividade à categoria essencial, relegando a vida interior à margem.
O que ocorre meus amigos é que a vida do cristão é antes de tudo interior, é mais do que qualquer outra coisa uma conversa íntima com o Senhor, de adeqüação da própria vontade com a vontade divina. Sem este contato com a oração, com a mortificação da inteligência e da memória, da sensibilidade e da imaginação, para querer sempre a vontade do criador, muita dessa agitação é seca e sem fruto.
Se você passa seu dia falando de Deus para todos e poucos minutos ou nenhum falando com Ele, você está perdendo tempo. Não só está produzindo muito menos do que poderia, como está contando os passos para acabar testemunhando contra aquilo que prega.
Se chegou até este blog e está no meio da sua formação, saiba o seguinte: é muito mais importante que dedique horas à vida interior do que ao estudo ou à obra em si. Procure a oração e sobretudo a comunhão (de preferência diária), busque confrontar suas atitudes com a vontade divina e mortificar aquilo que ainda não está em conformidade. Provavelmente você terá menos tempo para suas atividades, mas com certeza os frutos multiplicarão.
Não se preocupe tanto em produzir uma biblioteca, Deus não precisa de nenhum dos seus escritos. Ele se encarrega de mostrar o caminho às almas sedentas dEle sem que precise passar pelo seu site, facebook, twitter, etc. Deixe que Ele mesmo vai colocando você no caminho, inflamando sua alma para esta ou aquela obra e os mais próximos já estarão sendo convertidos pelo exemplo e por sua oração, muito mais do que por um texto bonito ou uma idéia brilhante.
Se você não vai à missa, passe a ir urgentemente. Se ela não é bem celebrada na sua paróquia não tem problema, leve o terço e junte o seu sofrimento com o de Cristo. Se você sofre vendo sacrilégios, imagine como Ele está, e então faça o seu desagravo, não com raiva, querendo bater no padre, mas mergulhando o seu coração no dEle e colocando-se ao lado de Nossa Senhora. «Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!» (Lucas 23,34).
Este é o meu conselho para quem está iniciando agora seu apostolado pela internet, ou mesmo para quem já está aqui há muito tempo. Se tomar por mim, nós ainda temos muito a melhorar.
"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
terça-feira, 10 de abril de 2012
Manifestação pela Vida no twitter
Quem passar por aqui agora, terça-feira, 10 de abril, as 19:00, corre para o twitter e se manifesta #afavordavida, mas tem que ser rápido. ;-)
Convocação para todas as Igrejas Particulares
Tive problemas com a internet o dia inteiro, e só agora consigo blogar do tablet, porque assunto é urgente.
A CNBB, através do seu Presidente, convocou no dia 07, Sábado Santo, todas as Arquidioceses e Dioceses do Brasil, a fazerem uma vigília pela vida.
Esta vigília é URGENTE porque está na pauta de julgamento do dia 11 de abril, quarta-feira, no STF o julgamento da possibilidade de aborto de anencéfalos.
Para quem ainda não sabe, anencéfalo é quem não teve o encéfalo plenamente formado. Segundo alguns abortistas, sem isto não haveria vida, ou se teria apenas uma "semivida", com a morte da criança no máximo alguns minutos depois do nascimento, de forma que não valeria a pena deixar que esta vida seguisse seu curso natural.
Entretanto, para horror de quem se acha no direito de definir qual vida vale ou não a pena, a realidade os desmente, e são vários casos pelo mundo de crianças anencéfalas que vivem muito tempo. No Brasil, temos os casos mais conhecidos da Marcela de Jesus e da Giovanna Sanches.
Mas no julgamento em questão não é só isto que está em jogo. Definir que não há vida, ou que não há "vida viável" (este termo me faz tremer de asco), por falta de um sistema nervoso plenamente formado, escancara as portas para o assassinato de crianças nos primeiros meses da gestação, quando, naturalmente, estes órgãos ainda não estão maduros e, depois, de pessoas com outro tipo de deficiência ou má-formação, como Síndrome de Down, p.ex. Não sejam inocentes, é exatamente este o desenrolar que pretendem os abortistas.
Quem puder, imprima o documento e distribua hoje em sua paróquia. Se pode conhece algum padre ou bispo, verifique se ele já está sabendo, para que possa alertar os fiéis em suas homilias. Se você tem blog, site, facebook, twitter, etc... Divulgue. Mas, principalmente, reze, para que mais uma vez o Brasil seja livrado do mal do aborto.
A CNBB, através do seu Presidente, convocou no dia 07, Sábado Santo, todas as Arquidioceses e Dioceses do Brasil, a fazerem uma vigília pela vida.
Esta vigília é URGENTE porque está na pauta de julgamento do dia 11 de abril, quarta-feira, no STF o julgamento da possibilidade de aborto de anencéfalos.
Para quem ainda não sabe, anencéfalo é quem não teve o encéfalo plenamente formado. Segundo alguns abortistas, sem isto não haveria vida, ou se teria apenas uma "semivida", com a morte da criança no máximo alguns minutos depois do nascimento, de forma que não valeria a pena deixar que esta vida seguisse seu curso natural.
Entretanto, para horror de quem se acha no direito de definir qual vida vale ou não a pena, a realidade os desmente, e são vários casos pelo mundo de crianças anencéfalas que vivem muito tempo. No Brasil, temos os casos mais conhecidos da Marcela de Jesus e da Giovanna Sanches.
Mas no julgamento em questão não é só isto que está em jogo. Definir que não há vida, ou que não há "vida viável" (este termo me faz tremer de asco), por falta de um sistema nervoso plenamente formado, escancara as portas para o assassinato de crianças nos primeiros meses da gestação, quando, naturalmente, estes órgãos ainda não estão maduros e, depois, de pessoas com outro tipo de deficiência ou má-formação, como Síndrome de Down, p.ex. Não sejam inocentes, é exatamente este o desenrolar que pretendem os abortistas.
Quem puder, imprima o documento e distribua hoje em sua paróquia. Se pode conhece algum padre ou bispo, verifique se ele já está sabendo, para que possa alertar os fiéis em suas homilias. Se você tem blog, site, facebook, twitter, etc... Divulgue. Mas, principalmente, reze, para que mais uma vez o Brasil seja livrado do mal do aborto.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Nova colaboradora e primeiro artigo
A partir de hoje o bloguinho tem uma nova colaboradora. A Rafaela, a medida do possível, vai trazer artigos próprios ou traduções, inicialmente sobre pontos de vistas femininos e coisas de meninas, mas, queira Deus, deve se aventurar em outros campos.
Sem mais delongas, vamos ao primeiro artigo:
Eu acredito firmemente que os casamentos mais fortes são aqueles em que tanto o homem quanto a mulher, antes do casamento, abraçaram o dom da solteirice. Muitas vezes nós não aceitamos esse dom, porque ficamos esperando o casamento ou nos acabando para manter relações passageiras. São Paulo disse: "Aprendi a contentar-me com o que tenho" (Fp 4:11). Se uma mulher não aprender a ser feliz agora, então quando casar, ela pode acabar desejando que tivesse permanecido solteira. Afinal, o casamento não a muda interiormente, você ainda será a mesma pessoa de antes.
O melhor marido e pai será aquele homem que foi um solteiro sincero para com Deus. Então, que vocês dois sejam assim. Se você quer um homem de Deus, torne-se uma mulher de Deus. Afinal de contas, homens virtuosos procuram por mulheres de virtude. Imagine todas as características que você procura em um esposo: que seja fiel, santo, respeitoso, amoroso, puro, e assim por diante, e se pergunte "A julgar pela maneira como eu vivo, eu mereço um homem como esse?". Se não, então torne-se uma mulher que mereça. Todo mundo comete erros, mas todos são capazes de transformar as coisas ao redor e optar por viver uma vida virtuosa.
Eleve o seu padrão. Procure por um homem que tome a iniciativa em definir a base para um relacionamento casto. Imagine se todas as jovens de uma escola ou faculdade decidissem fazer isso. Com certeza, muitas delas não teriam encontros para o o próximo fim de semana, mas enviariam uma mensagem clara aos meninos, de que elas falam sério sobre quererem ser amadas. Os rapazes logo aprenderiam a ser dignos das mulheres!
Sem mais delongas, vamos ao primeiro artigo:
* * *
Onde Eu Encontro um Cara Legal?
por Crystalina Evert
Todas
as mulheres merecem um homem que tenha uma coisa em mente: fazer a vontade de
Deus. Portanto, espere por um homem cuja intenção seja a de te amar castamente
e te levar a Deus. Não se contente com menos. Você pode estar pensando:
"Ah, tá! Mas onde vou achar um homem assim? Eu estarei em um asilo quando
ele aparecer". Coloque o problema nas mãos de Deus. Deixe Deus se preocupar com a construção da sua vida.
Muitas vezes, as pessoas estão tão preocupadas em encontrar O par perfeito que
acabam perdendo a oportunidade de servir a Deus enquanto são solteiros. A sua
parte é oferecer esse tempo para Cristo. Mantenha seus olhos n’Ele ao invés de
em potenciais futuros maridos.
Eu acredito firmemente que os casamentos mais fortes são aqueles em que tanto o homem quanto a mulher, antes do casamento, abraçaram o dom da solteirice. Muitas vezes nós não aceitamos esse dom, porque ficamos esperando o casamento ou nos acabando para manter relações passageiras. São Paulo disse: "Aprendi a contentar-me com o que tenho" (Fp 4:11). Se uma mulher não aprender a ser feliz agora, então quando casar, ela pode acabar desejando que tivesse permanecido solteira. Afinal, o casamento não a muda interiormente, você ainda será a mesma pessoa de antes.
Além
disso, se uma mulher é feliz e satisfeita com a sua situação atual, ela fica
mais atraente. Na verdade, a Bíblia diz que a esposa ideal, "ri-se do dia de amanhã" (Pv. 31:25), ela antecipa o futuro com alegria,
confiando na bondade de Deus. Antes que nós possamos ter um casamento feliz,
precisamos aprender a ser uma solteira feliz. Dessa forma, nossa felicidade não
irá depender de coisas exteriores, mas será baseada em uma alegria interior.
Uma vez perguntei a uma Missionária da Caridade se ela estava feliz na cidade para
onde tinha sido mandada, esta cidade ficava a milhares de quilômetros de casa.
Ela respondeu: "Em qualquer lugar. Onde quer que Jesus queira que eu esteja,
é onde eu estarei feliz". Assim, aprenda você também a encontrar a sua
alegria através da confiança em Deus. Depois do casamento, você pode nunca mais
ter tempo para servir a Deus sem restrições.
O melhor marido e pai será aquele homem que foi um solteiro sincero para com Deus. Então, que vocês dois sejam assim. Se você quer um homem de Deus, torne-se uma mulher de Deus. Afinal de contas, homens virtuosos procuram por mulheres de virtude. Imagine todas as características que você procura em um esposo: que seja fiel, santo, respeitoso, amoroso, puro, e assim por diante, e se pergunte "A julgar pela maneira como eu vivo, eu mereço um homem como esse?". Se não, então torne-se uma mulher que mereça. Todo mundo comete erros, mas todos são capazes de transformar as coisas ao redor e optar por viver uma vida virtuosa.
À medida
que você crescer na virtude, você terá um tremendo impacto sobre os homens.
Muitas mulheres ficam desanimadas com o tipo de homens que conhecem por aí. Mas
o tipo de homens que uma mulher atrai, depende exclusivamente dela. Uma certa
mulher disse, "Ele vai ser tão cavalheiro quanto eu exigir que ele seja".
O fato é que o homem possui um desejo inato de agradar as mulheres, e uma
mulher que estabelece padrões elevados terá maiores chances de atrair homens
dispostos a atender esse padrão. Se um homem quer desfrutrar da companhia de
uma mulher, ele não vai ter medo de ser um cavalheiro. Enquanto as mulheres disserem
que isso é irreal, elas continuarão se frustrando e continuarão a se contentar
com menos.
Ah se as
mulheres soubessem o poder que elas tem de fazer meninos se transformarem
em homens de verdade!
Eleve o seu padrão. Procure por um homem que tome a iniciativa em definir a base para um relacionamento casto. Imagine se todas as jovens de uma escola ou faculdade decidissem fazer isso. Com certeza, muitas delas não teriam encontros para o o próximo fim de semana, mas enviariam uma mensagem clara aos meninos, de que elas falam sério sobre quererem ser amadas. Os rapazes logo aprenderiam a ser dignos das mulheres!
Enquanto isso, reze para o seu futuro marido e para o discernir na
sua vocação. Certa vez li sobre uma garota de quinze anos, que em uma
noite qualquer de Dezembro sentiu que deveria rezar por seu
futuro marido. Quando ela o conheceu
algum tempo depois, ela descobriu que na
noite em que rezava por ele, ele estava em uma batalha e que quase todos os seus companheiros foram mortos, enquanto a sua vida
foi poupada. Deus ouve nossas orações.
Então fique em
paz, e saiba que Deus se importa com
os desejos do seu coração. Aquele que criou o universo, não negligencia os menores detalhes.
Um dia em Calcutá um homem que tinha uma filha doente veio
a Madre Teresa. Ela não tinha
o medicamento específico que a criança precisava, pois tinha que ser trazido de fora da Índia. Enquanto falavam, um homem veio com uma cesta
de remedios, e em cima de todas as outras caixas
estava exatamente o remedio que a criança
precisava. Madre Teresa disse: "Se
tivesse por baixo das outras caixas, eu não teria visto.
Se o remedio tivesse chegado antes, eu não teria visto. Mas naquele momento, dentre
os milhões e milhões de crianças no mundo, Deus, na sua infinita misericordia estava
tão preocupado com esta criança das
favelas de Calcutá, que enviou a quantidade
certa do remedio para salvar essa
criança ".
Assim, saiba que
o seu futuro esta em boas mãos!
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