sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Pessimismo otimista

Aqueles que me conhecem geralmente dizem que eu sou otimista demais e, tenho que confessar, acho que sou mesmo, mas estas últimas semanas tenho alternado com certa freqüência entre o pior pessimismo e um otimismo moderado. Acho que não dá para ser muito diferente.

Tenho a impressão cada vez mais nítida de que em breve não teremos muitas liberdades aqui no Brasil. Os pequenos e médios empresários estão sendo cada vez mais apertados contra a parede, forçados a praticamente trabalhar para o governo sustentar sua máquina de votos (assistencialismos são só isso, não resolvem o problema de ninguém, nem da fome, nem de educação, muito menos oferecem algum tipo de progresso); os proprietários também estão cada vez mais aterrorizados, com ameaças de sem-terra, pseudo-quilombolas, reservas indígenas e do próprio governo, que é cada vez mais permissivo na expropriação de imóveis.

Por outro lado também tenho notado um Estado cada vez mais policial, mais controlador, mais onipresente, mais preocupado com a própria sobrevivência e crescimento do que com o bem comum. Perdi as contas de quantas vezes, enquanto conselheiro de recursos fiscais, eu tive que colocar nos meus pareceres que o objetivo do Estado não era o lucro.

No ponto em que estamos eu não sei se a situação tem volta, me parece que só o que podemos fazer é acompanhar, rezar e esperar que a bolha exploda (porque ela explode sempre) sem muitos danos para as vidas e para a salvação das almas.

De qualquer forma temos que ir trabalhando, como se tudo dependesse de nós e confiando, como se tudo dependesse de Deus. No final a Igreja estará lá, de pé e nós (Deus nos permita) no Céu.



"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

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