Aqueles que me conhecem geralmente dizem que eu sou otimista demais e, tenho que confessar, acho que sou mesmo, mas estas últimas semanas tenho alternado com certa freqüência entre o pior pessimismo e um otimismo moderado. Acho que não dá para ser muito diferente.
Tenho a impressão cada vez mais nítida de que em breve não teremos muitas liberdades aqui no Brasil. Os pequenos e médios empresários estão sendo cada vez mais apertados contra a parede, forçados a praticamente trabalhar para o governo sustentar sua máquina de votos (assistencialismos são só isso, não resolvem o problema de ninguém, nem da fome, nem de educação, muito menos oferecem algum tipo de progresso); os proprietários também estão cada vez mais aterrorizados, com ameaças de sem-terra, pseudo-quilombolas, reservas indígenas e do próprio governo, que é cada vez mais permissivo na expropriação de imóveis.
Por outro lado também tenho notado um Estado cada vez mais policial, mais controlador, mais onipresente, mais preocupado com a própria sobrevivência e crescimento do que com o bem comum. Perdi as contas de quantas vezes, enquanto conselheiro de recursos fiscais, eu tive que colocar nos meus pareceres que o objetivo do Estado não era o lucro.
No ponto em que estamos eu não sei se a situação tem volta, me parece que só o que podemos fazer é acompanhar, rezar e esperar que a bolha exploda (porque ela explode sempre) sem muitos danos para as vidas e para a salvação das almas.
De qualquer forma temos que ir trabalhando, como se tudo dependesse de nós e confiando, como se tudo dependesse de Deus. No final a Igreja estará lá, de pé e nós (Deus nos permita) no Céu.
"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"
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