segunda-feira, 21 de maio de 2012

Núncio da Costa Rica pede que os bispos voltem a distribuir a comunhão de joelhos e na boca

A Notícia já tem alguns dias, mas acho importante dar eco à informação. A fonte é a Una Voce Brasil Segue, depois eu volto:

O Excelentíssimo senhor Núncio Apostólico na Costa Rica, Arcebispo Pierre Nguyen van Tot, solicita formalmente aos bispos do país que voltem a distribuir a comunhão aos fiéis ajoelhados e diretamente na boca, como é o costume da Igreja nunca abolido, nem proibido.
O fato dum Núncio Apostólico pedir que tal postura seja adotada mostra que não só a reforma da reforma está em marcha, a passos largos, mas que uma compreensão da missa enquanto sacrifício – considerada pelos teólogos modernistas como superada – está voltando naturalmente.
Eis o efeito Bento XVI. Através de exemplos, não através de decretos que se tornam letra morta, o Papa está mudando a face da Igreja. É claro que é um processo lento, mas não podemos ignorar que é um processo que está acontecendo!(Una Voce Costa Rica)

Uma postura corporal de acordo com a grandeza do Mistério Eucarístico; já que, como explicamos antes, é necessário assegurar-se que a fé professada se expresse e transmita adequadamente nas ações litúrgicas. E isso resulta particularmente urgente no contexto que estamos vivendo; pois é imperiosa a necessidade de combater com especial força o já mencionado materialismo e o relativismo dos nossos dias. Portanto, sem deixar de valorizar o que até agora foi feito, estou convencido de que é necessário tomar novas medidas para resolver tais circunstâncias prementes em que vivemos.
Este é o momento propicio para que, atendendo ao espirito eclesial maravilhosamente refletido no cânon 752, prestemos atenção às recomendações que – ainda que não tenham sido dadas com caráter de ensino definitivo – são fruto da mais efusiva solicitude pastoral para todas as Igrejas. Na verdade, tanto o Papa João Paulo II como nosso atual Sumo Pontífice marcaram um caminho de testemunho e ensino que poderíamos facilmente resumir com as palavras de Bento XVI:
“… ao fazer agora que se receba a comunhão de joelhos e ao dá-la na boca, quis colocar um sinal de respeito e chamar a atenção para a presença real (…) quis estabelecer um sinal claro. Deve ser visto com clareza que ali há algo especial. Aqui está presente Ele, diante do qual todos caem de joelhos. Prestem atenção!”
Sua Eminência, o cardeal Antonio Cañizares Lloveira, Prefeito da Congregação para o Culto Divino, também fez eco deste alerta, fazendo-nos ver a conveniência de assumir esta recomendação.
Coerente com isso, e levando em consideração a necessidade de experimentarmos também nas dioceses deste país, solicito formalmente a Conferência Episcopal de Costa Rica que, assumindo as normas universalmente constituídas, nesta província eclesiástica, se volte a distribuir a comunhão aos fiéis na boca, estando os mesmos ajoelhados. Ao fazê-lo estaremos dando um importante apoio para uma correta compreensão da grandeza incomensurável do Sacramento Eucarístico.

Voltei.

Já ouvi várias "explicações" para justificar a quase obrigatoriedade da comunhão de pé e na mão que alguns padres impõem em suas paróquias. A pior delas, sem dúvidas, defendia que só crianças são alimentadas na boca, como adultos nós mesmos devemos nos servir sozinhos.

Esta idéia tem por base uma heresia já muitas vezes condenada, segundo a qual a Santa Missa seria somente uma ceia, um encontro de amigos ou, sei lá, uma comemoração da comunidade. Não por acaso tempos depois fiquei sabendo que alguns "ministros extraordinários" desta paróquia capixaba estavam aprendendo que Cristo não está realmente na hóstia consagrada, seria apenas um símbolo.

Vale lembrar que a postura ordinária para a recepção das Sagradas Espécies é de joelhos e na boca. O Missal Romano trata outras formas como exceção, "onde for permitida" ele diz. E não sem razão. Tanto assim que o Santo Padre há muito tempo só distribui a comunhão na boca para pessoas de joelhos.

Nada mais coerente, pois, enquanto ainda cardeal, ele escreveu: "Consequentemente, dobrar os joelhos perante a presença de Deus vivo é irrenunciável" e ainda: "Quem aprende a ter Fé, também aprende a ajoelhar-se; uma Fé ou uma Liturgia que desconhecesse a genuflexão seria afetada num ponto central. Onde ela se perdeu, tem de ser reaprendida, para que a nossa oração permaneça na comunidade dos Apóstolos, dos Mártires, de todo o Cosmos e em união com o próprio Jesus Cristo." (Introdução ao Espírito da Liturgia).

Os frutos são tantos que vários assessores próximos ao Santo Padre têm defendido que o seu exemplo seja seguido em todas as Igrejas Particulares. Rumores sempre surgem aqui e acolá sobre uma possível revogação ou mudança no indulto da comunhão na mão, o que eu acho bastante improvável no atual estado das coisas. Seria melhor que os Senhores Bispos, diante dos gestos tão eloqüentes de Sua Santidade, nem esperassem uma chamada à ordem da Santa Sé, ou do Núncio, mas acho que alguns, mesmo com tantos sinais, ainda serão pegos de surpresa qualquer hora dessas.













Nenhum comentário: