quinta-feira, 30 de abril de 2009

Santa Catarina de Sena


Hoje, 29 de abril, a Igreja celebra a memória de Santa Catarina de Sena. Já escrevi um pouco sobre ela aqui no blog.

Desde que tomei conhecimento da existência dessa irmã me encantei com sua história. Aliás, me encanto facilmente com santos de aparência muito fraca para aquilo que realizam, porque neles a evidência de algo sobrenatural é ainda mais clara. Mas Santa Catarina vai além. Tão além que se fosse uma comédia riríamos da heroína pequena e analfabeta tentando salvar a Igreja de um cisma.

Porém, não é comédia, então não rimos, admiramos. Ainda que as vezes seja difícil conter o sorriso, como quando ela "escreve" para um Papa no exílio: "Paizinho, seja homem". Mas é, ainda assim, um riso de admiração da simplicidade, do objetivo claro, é um riso irmão daquele diante de um São Francisco de Assis que vai até à tenda de um sultão, em plena cruzada, pedir para que este se renda.

Na verdade rimos não deles, mas de nós mesmos, das nossas complicações, da nossas desculpas esfarrapadas, dos nossos egos inflados. Rimos porque Deus nos pede para sermos pedras vivas para a edificação de um edifício espiritual (IPd 2,5) e queremos é ser cascalho rolando morro abaixo, porque julgamos que o movimento é a verdadeira liberdade. Olhamos para essa simples pedra, imóvel, completamente à mercê do construtor, completamente livre e brilhante, como jamais poderia ser rolando conosco, e em um instante de lucidez nossa alma percebe sua idiotia e ri de si mesma.

Que Santa Catarina de Sena interceda por nós, para que esse sorriso seja o da nossa conversão.

E como na oração das Laudes desse dia dedicado à sua memória digamos:

"Ó Deus, que inflamaste de amor Santa Catarina de Sena, na contemplação da paixão do Senhor e no serviço da Igreja, concedei-nos, por sua intercessão, participar do mistério de Cristo, e exultar em sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém"



"tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

Um comentário:

Martielle disse...

Grande Santa!
“Fazei uma cela na mente, de onde nunca podereis sair”
(Santa Catarina de Sena)