sábado, 1 de setembro de 2012

Em defesa do Prof. Carlos



Vou quebrar esse longo período sem postagens para trazer um assunto da mais alta importância.

Na quinta-feira passada o professor Carlos Ramalhete publicou em sua coluna no jornal Gazeta do Povo uma reflexão sobre a adoção. Defendendo que o Estado não possui um poder legítimo para criar realidades, ele chama de "abuso" a decisão de entregar uma criança à dois homens, determinando que se inscreva na certidão de nascimento que os dois são "pais" dela.

Evidentemente, isto bastou para uma patrulha ideológica se levantar contra ele e contra o jornal.

Bem organizados, como é comum neste novo tipo de terrorismo, rapidamente surgiram petições públicas, ameaças de morte e à integridade física, calúnias, difamações e choveram cartas e emails na redação do jornal pedindo a sua demissão.

A questão obviamente ultrapassa em muito uma simples decisão do STJ. O pano de fundo é a defesa da família contra uma sociedade que se crê maior e mais importante do que ela.

Na visão clássica, esposada e elevada pela Igreja, os direitos existem desde sempre, como a própria realidade em si, se centram na pessoa e vão se diluindo à medida que se afastam dela. Na visão moderna, de quem agora ataca o professor, o Estado é quem detêm todo poder, e é a partir dele que os direitos e as realidades são criados, ou seja, a pessoa só possui certo direito porque o Estado (ou o que lhe faça as vezes, como a ONU, pex.) lhe garante.

A primeira é a visão da absoluta e esmagadora maioria dos brasileiros, a segunda de uma ínfima minoria. Ocorre que esta minoria é muito bem financiada e organizada, e conseguiu há muito tempo alterar a forma como o direito é feito e aplicado no Brasil. Agora, não satisfeitos, querem mudar também a forma como pensam os brasileiros, calando as vozes que ousam discordar publicamente.

Por isto é tão importante defender o direito do prof. Carlos se manifestar. Calar agora, no pouco, é permitir que essa conduta terrorista, de perseguições e agressões seguidas e dispersas, se torne corrente, até que ninguém mais possa defender em público a posição firme e natural da Igreja.

Então, peço encarecidamente aos meus leitores que assinem o abaixo-assinado em defesa do professor Carlos Ramalhete, que se encontra aqui.

À medida do possível repassem também para os seus contatos, explicando a extrema importância desse ato.

É muito importante que vocês rezem antes de tudo pelo prof. Carlos e sua família, e em hipótese alguma pratiquem qualquer tipo violência contra os perseguidores (nem mesmo verbal), pois é exatamente o que eles procuram, é a armadilha comum na tática deles para derrubar e conseguir munição.

A única forma de lutar contra essa violência organizada é a Santidade.

O mais triste disto tudo é que, uma vez estabelecida esta ditadura absoluta do Estado, os próprios perseguidores se tornarão perseguidos. Eles não perceberam ainda, mas a visão que defendem só serve à uma pessoa, o governante e, ao contrário de dar liberdades, essas pequenas coisas, dia-a-dia, as minam.



"tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt" 



Um comentário:

Wagner disse...

O que está havendo com o Brasil? Desde quando dizer que uma criança adotada tem direito a ter um pai e uma mãe é incitar o ódio? Que loucura! Com toda certeza as pessoas apóiam o autor do artigo.