sábado, 20 de junho de 2009

Missa Tridentina na Arquidiocese de Vitória-ES

Só agora vi que tinha exatamente um mês que não atualizava o blog. Como passa rápido.

Para os que acompanham a movimentação para que a missa tridentina seja celebrada na Arquidiocese de Vitória, ou mesmo os que têm interesse em saber o que está sendo feito no território nacional, uma notícia:

Essa semana fomos ter com o excelentíssimo sr. Arcebispo de Vitória, D. Luis Mancilha, para entregar uma petição neste sentido com quase 100 assinaturas (e ficaram faltando algumas). Como já tinhamos o padre, pediamos, na verdade, a liberação de uma igrejinha escondida no centro de Vitória.

Fomos bem acolhidos por nosso pastor, entretanto, a resposta não poderia ser mais negativa. Não só não teríamos a liberação da igreja, como não obtivemos autorização para que o padre, que não é da diocese, celebrasse em qualquer lugar que fosse.

Para não dizer que tudo está perdido, D. Luis recebeu a petição e disse que até o final da semana que vem nos daria uma resposta por escrito. Como milagres acontecem, conto com as orações de vocês para que o nosso pedido seja analisado com carinho e, no final, seja provido integralmente.

Peço, também, orações por D. Luis, que nos fez este mesmo pedido no final da reunião.

No mais, senti um certo preconceito da parte do sr. Arcebispo. Não vou dizer que sem razão, porque, infelizmente, aqui e no mundo, a missa tridentina acaba sendo vista como algo "da oposição", inconscientemente até, e isso tanto de um lado da questão como de outro.

Quem recebe o pleito da missa já acha que está na frente de um clone de um bispo da fsspx, que vai ficar julgando a catolicidade do restante de sua diocese e causando divisão. Quem pleiteia, mesmo que não tenha nada a ver com o pessoal mais radical, acaba tendo que fazer um esforço para não cair no orgulho e para não adotar realmente a identidade de oposição, sobretudo quando é tratado como tal pela outra parte.

Meu desejo é que o grupo se mantenha calmo e submisso a seu pastor, sem, no entanto, esquecer que é direito seu a celebração da missa em sua forma extraordinária. Acho que temos que adotar uma postura reconciliadora, não oposicionista. Temos que mostrar ao sr. Arcebispo que não queremos divisão, não achamos que só porque gostamos da missa tridentina somos mais católicos, nem queremos questionar o Concílio Vaticano II, longe disto.

E acho, também, que se o Arcebispo entender nossa posição, verá que não somos ameaça e que, talvez, a celebração da Santa Missa em sua forma extraordinária não seja causa de divisão, mas uma oportunidade de revalorização da sua forma ordinária.

Rezem por nós todos.



"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

4 comentários:

Anônimo disse...

• Bom, fico perplexo, com a negativa da autoridade Eclesiástica de Vitoria, onde deveria dar totalmente apoio aos fiéis que por inúmeras questões pedem para que Missa sejam celebradas no rito que para mim, o puro, que enleva alma. Sou suspeito desde que sai das minhas históricas cidades “Barbacena , são João Del Rey’’, onde a tradição é mantida , missas e cantos todos em latim,e a acompanhado por toda a assembléia, diria que é um céu aberto! Vim para vitoria trabalhar e aqui dificilmente vou a igreja, já canseide procurar, mas o que eu encontro? Celebrações com gritarias, instrumentos que jamais deveriam ser usados em igrejas e celebrações, pessoas berrando no microfone, “ se é que pode chamar de musica para igreja”, sem melodia sem letra, o padre totalmente desequilibrado em forma carismática gritando pela igreja....... gente isto e em quase todas as igrejas de Vitoria. Exceto a celebração na catedral, que por sua vez é péssima por causa das músicas, nunca vi uma catedral , sem um coro oficial, onde pelo menos deveriam cantar uma missa todos os domingos. Restam-nos as celebrações da igreja do Carmo e uma vez por ano na Igreja São Gonçalo. Reitero ,que a Missa Tridentina depois que Sua Santidade o Papa Bento XVI publicou uma carta apostólica chamada Summorum Pontificum, está espalhada em todo Brasil. Por exemplo, na igreja da Gloria do Rio de Janeiro acontece todos os sábados, Em são João Del Rey, as celebrações em latim com todos os seus ritos nunca deixaram de acontecer. E, espero que continue pra sempre!
• O que nos resta, é rezar fervorosos para que tudo de certo.As pessoas tem desejo, sabedoria e discernimento para escolher o que mais se identifica, se tratando de igrejas e celebrações e , estas devem ser respeitos por todos.

Anônimo disse...
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Emerson disse...

As Missas e Sacramentos dos sacerdotes da Fraternidade são inválidos?

Não: “A Missa e os Sacramentos administrados pelos sacerdotes da Fraternidade são válidos; é evidente”. (Cardeal Cassidy, maio de 1994).

Eu sou novo no grupo, mas convido-o a assistir à Santa Missa celebrada pelos monges de Santa Cruz.

Christiano O. Pereira disse...

Emerson,

Pax Christi!

Evidentemente as missas e os sacramentos são válidos, desde que obedeçam os requisitos para tanto. No caso da confissão que vem ocorrendo aqui em Vitória, pex., o sacramento é inválido, pois falta ao padre a autorização do ordinário local, como prescreve a norma do código de direito canônico. No mais, a missa, embora válida é ilícita. Por essas razões que não participo das celebrações, mas obrigado pelo convite.

Permaneça em Cristo!