quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Curtas


"A Igreja Católica é o lar natural do espírito humano. A estranha perspectiva da vida, que ao princípio parece um quebra-cabeça sem sentido, tomada sob esse ponto de vista, adquire ordem e sentido." (G.K Chesterton, comunicando seu amigo Belloc da sua conversão)

"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Rezem por mim

Não por conta do post de hoje mais cedo, pois sei das limitações do bloguinho, mas por algo que me disseram e que calou fundo em mim, como um sinal de alerta (ainda que a pessoa não tivesse a intenção), achei oportuno vir até aqui e pedir aos meus prezados leitores que rezem por mim e pela saúde da minha alma, e o façam sempre que se lembrarem.

Aproveito e trago a belíssima Ladainha da Humildade, de autoria do Cardeal Merry del Val.

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Ladainha da Humildade

Ó Jesus, manso e humilde de coração, ouvi-me.
Do desejo de ser estimado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser amado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser conhecido, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser honrado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser louvado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser preferido, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser consultado, livrai-me, ó Jesus.
Do desejo de ser aprovado, livrai-me, ó Jesus.

Do receio de ser humilhado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser desprezado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de sofrer repulsas, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser caluniado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser esquecido, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser ridicularizado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser infamado, livrai-me, ó Jesus.
Do receio de ser objeto de suspeita, livrai-me, ó Jesus.

Que os outros sejam amados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros sejam estimados mais do que eu, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam elevar-se na opinião do mundo, e que eu possa ser diminuído, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser escolhidos e eu posto de lado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser louvados e eu desprezado, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser preferidos a mim em todas as coisas, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.
Que os outros possam ser mais santos do que eu, embora me torne o mais santo quanto me for possível, Jesus, dai-me a graça de desejá-lo.

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"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Prêmio "Blog de Ouro"


Acabo de descobrir que ontem recebi o prêmio "blog de ouro", do José Roldão, do Fidei Depositium, blog amigo do bloguinho aqui (só assim para entender tanta generosidade :-)).

Cumprindo o que determinam as regras, indico meus 10 contemplados:

Opa, peraeeee, pára tudo. Vou esclarecendo que para deixar as coisas mais emocionantes vou deixar de fora as barbadas, com isto o Deus lo vult, o o Possível e o Extraordinário (se bem que se tivesse uma categoria de fantasia original eu contemplaria o Playmobil), o Palavras Apenas, o Contra o Aborto e o Fidei Depositium são hors concurs. :-p

Voltamos à programação normal. Os contemplados são:

Femina - blog da Aline Brodbeck

Estilo Macho - blog do Rafael Brodbeck (mas já me pergunto: seria coisa de macho receber indicaçãozinha de blog espada?)

Frates in Unum - pela cobertura do levantamento das excomunhões

Fides et Ratio - blog do Luiz Henrique na categoria Melhor Ressureição de blog

Miles Ecclesiae - que é feito por uma galera

O Atanasiano - na categoria melhor Metamorfose

Filosofando - blog da filosofa em construção Christiane

e chega para sobrar para o próximo prêmio :-)

Os contemplados que quiserem oferecer uma gorjeta, podem depositar suas orações no santo de sua devoção.


"tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

Agora é a vez das mulheres

Uns posts aí para baixo eu trouxe um texto sobre ser homem, agora trago um sobre o ser mulher.

Em uma época em que os papéis estão meio misturados (não sei bem se é a mulher que está virando homem ou o homem que está se afeminando), é importante que tenhamos textos claros sobre as diferenças.

Dá para perceber que não se trata de quem é melhor, mas de saber que tarefas cada um deve desempenhar e de que modo, cada qual com seus desafios e sacrifícios, mas ambas imprescindíveis.

Evidente que o que se propõem são questões de princípio, que devem ser moldados às vicissitudes da vida, de acordo com o que obriguem as responsabilidades e permitam as possibilidades. Porém há um mínimo que não pode ser esquecido, há um natural que se violentado diminui a dignidade, que se obscurecido leva consigo o brilho do ser mulher. Como uma obra de arte que se usasse para segurar a porta da dispensa.

O texto a seguir eu catei lá no Femina, não por acaso mantido pela Aline, esposa do Rafael. Mulheres valorizem-se.

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O machismo sutil

Vivemos em mundo de mulheres-maravilha, onde todas nós podemos tudo e o mundo está aos nossos pés. Somos mulheres que trabalhamos, estudamos, cuidamos da casa e dos filhos e ainda temos que ficar lindas como eternas jovens de vinte anos. Ou então, as mais jovens (e às vezes até mais velhas), somos liberais, donas de nosso corpo, temos o homem que queremos, como e quando quisermos. Será?

Tudo isso é uma casca que somos obrigadas a vestir, mostrando caras felizes e argumentos vazios para agradar a sociedade. Por dentro estamos esgotadas, destruídas, humilhadas, solitárias e infelizes. O problema não foram os direitos adquiridos pela mulher, mas foi o que fizemos com esses direitos e, mais ainda, que tipo de direito reivindicamos.

O direito de ter que ser jovem a vida inteira? O direito de ser igual a um homem? O direito à libertinagem? Ou, pior, o direito de matar quem está dentro de nós, só porque “mandamos” em nosso corpo? Sem contar os outros “direitos” por aí.

Na sociedade renascentista as mulheres passaram a agir como na sociedade romano-helênica e foram daí a pior. A loucura do culto ao corpo é apenas o exemplo mais evidente que qualquer um nota. Entretanto, por trás desse mal, aparecem outros bem piores. "Agradeçamos", então, ao feminismo que nos colocou na mesma condição de um homem. Daí as mulheres-maravilha! Se antes do advento do cristianismo a tentativa era de subjugar e escravizar as mulheres, como seres inferiores ao homem, nos dias hodiernos quem está buscando isso são as próprias mulheres!

O feminismo, ao pretender que as mulheres sejam dignas e respeitadas porque iguais ao homem em tudo, nada mais faz do que ignorar as diferenças entre os dois sexos. Se a mulher é digna quando é igual ao homem, então o homem é o parâmetro. E isso é machismo! Se a mulher só é livre e respeitada porque faz tudo o que faz o homem, então o homem é o ideal a ser alcançado, o exemplo a ser imitado. E isso é machismo! O feminismo, pois, é uma forma sutil de machismo.

Aparecem nos meios de comunicação garotas (ou nem tanto) semi-nuas, quando não totalmente, falando apenas besteiras e propagando uma felicidade que não existe. Como se o corpinho delas fosse, e é, uma arma muito poderosa, sem se dar conta que nenhuma plástica do mundo vai lhe dar um transplante de cérebro. Quando tiverem sessenta e poucos anos, ao invés de estarem rodeadas da família pela qual pelejaram a vida inteira para manter feliz e unida, e com memórias de um passado de ações positivas por uma sociedade melhor e dedicação aos outros, terão apenas recortes de jornais em um apartamento solitário talvez com alguns gatos para lhes fazer companhia. Uma vida fútil, vazia, sem Deus e os valores cristãos que as mesmas sempre tanto combateram.

Tais valores cristãos, frise-se, ao arrepio das feministas, é que possibilitaram que, na Idade Média, por exemplo – época aquela, em que o espírito do Evangelho governou os povos, no dizer de Leão XIII –, garantias jurídicas passassem a existir para a companheira do homem, que lhe é igual em dignidade. A defesa da mulher, o reconhecimento de sua condição ontológica e seus direitos legais são fruto dos valores que as feministas tanto odeiam. Colocaram as mulheres como mulheres, femininas, fortes, rainhas do lar, sim! Mas nem por isso menos que o homem! Só quem tem uma família sabe o quão difícil e o quanto exige de inteligência e jogo de cintura para organizar, administrar, acalmar, saciar, etc.

Ser mulher é acima de tudo ser mãe, ainda que não tenha filhos nem seja casada. É fazer como Nossa Senhora, a melhor mulher que já existiu no mundo, é cuidar do próximo, é estar sempre atenta às necessidades de outro, é ser digna, é se doar, é ser coração, mas deixando que ele seja comandado pelo intelecto e pela sensibilidade que é peculiar à alma feminina.

Somos diferentes, homens e mulheres, nem piores e nem melhores por causa disso.

Cada com seu fundamental papel a desempenhar. Temos que deixar nossos homens serem homens e ensinar assim nossos filhos. Por mais que saibamos trocar uma lâmpada, um pneu, abrir uma tampa de vidro apertada ou brigarmos com a companhia telefônica. Deixemos que os mesmos o façam e os incentivemos para tanto. Mostremos nossas habilidades apenas para nós mesmas, se, e quando necessário. Sigamos o exemplo de Maria, pois se alcançarmos um pedacinho do que ela foi, já seremos mais do que meras mulheres-maravilha.


"tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Amar de verdade é amar a Verdade

"Amar é tudo dar e dar-se a si mesmo" (Santa Teresinha do Menino Jesus)

É preciso amar de verdade.
Porém, por mais que isto pareça tão óbvio que mereça ser o ínicio e a conclusão de quase todas as milhares de mensagens melosas que chegam todos os dias nas nossas caixas postais, invariavelmente formatadas em powerpoint e cheia de imagens igualmente babentas e musiquinhas à la Enya, a proposta é bem diferente do que se costuma imaginar. Então esta não é mais uma mensagem gosmenta de amor-MiGuuuuXo.

Para começo de conversa, é preciso que se repita com Madre Teresa: o amor, para ser verdadeiro, tem que doer. Não se trata de uma mera possibilidade, não é apenas provável que em determinado ponto da vida o amor verdadeiro doa, não. O que faz com que seja verdadeiro é sua dor efetiva.

Agora, é preciso que se esclareça, não é dor de amor não correspondido, não é dor de saudade, nem nenhuma dor romântica, isso, meu amigo, sem a real disposição para doar-se é só dor de cotovelo.

Amor tem que doer porque para ser verdadeiro ele deve partir desde sempre da disponibilidade para o sacrifício, para doar-se todo para o Bem do outro e, assim, obriga já em potência ao abandono de certas paixões.

Com efeito, buscar no outro a realização dos meus ânseios e desejos, e importar-se com ele somente enquanto cumpre esse papel de me fornecer felicidade, não é próprio do verdadeiro amor, que é antes um cuidado desinteressado do outro.

Assim, o simples ato de se abrir à possibilidade desse amor já é angustiante, porquê supõe retirar do centro de seus atos o próprio prazer.

Tenho um amigo que diz que provavelmente Deus terá mais misericórdia do nosso tempo do que dos anteriores. Tendo a concordar com ele. Como é difícil suportar somente a angústia de se colocar incondicionalmente ao serviço do Bem do próximo, e tanto mais quando desde pequeno se foi ensinado a procurar a própria felicidade.

A proposta de um tal amor, que aceita ajudar a carregar a cruz do outro (e, até certo ponto, fazê-la sua), parece tão absurda aos nossos olhos que tem quem estranhe até ser amado desta forma. Escondem ou se fecham para não "assustar" o outro, ou, antes, para não lhe causar muito desconforto. Ora, o amor está justamente em compartilhar a dor.

Então, já no simples ato de dizer sim ao amor temos nosso primeiro encontro com a dor e é esta que normalmente nos paralisa.

Passada essa "primeira fase" (que se repetirá ainda por diversas vezes) e tendo aceitado cuidar do outro custe o que custar, exigimos de nós sacrifício e desapego efetivos, necessários para que nos guiemos somente para o seu Bem e não por nossas vontades.

A boa notícia é que, como me ensinou minha irmãzinha querida: "O amor alimenta-se de sacrifícios; mais a alma recusa para satisfações naturais, mais sua ternura se torna forte e desinteressada." (parágrafo 308 de sua "História de uma Alma", manuscrito C)

Mas ai, no abandono da vontade egoista, está a razão pela qual o amor verdadeiro deve doer. Dói porque subordinado à Verdade, porquê quer destinar o outro à felicidade, tanto agora como no além. Uma felicidade que só pode vir da perfeição. Assim é que amar sem amar antes a Verdade é somente amar a si próprio.

***
"Sei que vossos cordeirinhos me acham severa. Se lessem estas linhas, diriam que não me parece custar o mínimo correr atrás deles, falar-lhes num tom severo mostrando seu belo velocino sujo ou trazendo algum tufo de lã que deixaram nos espinhos do caminho. Podem dizer tudo o que quiserem, no fundo sentem que os amo com amor verdadeiro, que nunca faria como o mercenário que, vendo o lobo chegar, abandona o rebanho e foge. Estou pronta a dar minha vida por eles, mas meu afeto é tão puro que não desejo que o conheçam. Com a graça de Jesus, nunca procurei conquistar o coração deles. Compreendi que minha missão consistia em levá-los a Deus e fazê-los compreender que aqui vós sois a minha Madre, o Jesus visível que devem amar e respeitar." (Santa Teresinha do Menino Jesus, "História de uma Alma", parágrafo 313, manuscrito C)


"tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Macacada


Você lembra do que eu disse sobre os supostos machos de respeito? Lembra que eu me perguntava naquela ocasião o que a sociedade pode esperar de um sujeito que "acha que ser macho de verdade é mentir, enganar e levar vantagem"?

Pois bem. Hoje fiquei sabendo de um fato que é um perfeito exemplo do que podemos esperar de quem "acha que o limite moral das ações deve ser a quantidade de prazer sensível que ela causará". Um desses pseudo-machos tentou obrigar uma mocinha a satisfazer sua incontrolável vontade de beijar e sabe-se lá mais o que. Por graça do bom Deus não conseguiu.

O mais triste é constatar que este tipo de canalha não é mais exceção, é quase quase regra. Na esperança de que algum destes esbarre no meu blog eu resolvi trazer um texto que encontrei no blog do meu prezadíssimo irmão Rafael Brodbeck, para ver se aprendem o que é realmente ser Macho.

"
Quem disse que macho deve ser um macaco irracional?


Por Taiguara Fernandes de Souza


Sim, a pergunta é curiosa. Afinal, o macaco irracional também pode ser macho. Macho aí é o sexo. Mas eu estou falando de Macho no meio da frase com “M” maiúsculo, ou seja, o Homem Macho mesmo, o Homem de verdade, não o sexo especificamente.

“Quem disse que o Macho deve ser um macaco irracional?”

É estranho perguntar isso?

Pode parecer.

Mas para mim não.

Diante da realidade, não vejo nenhum estranheza em olhar para vários moleques por aí e dizer: “Este está mais para um macaco que para um Macho!”.

Por que de onde diabos se tirou a idéia de que o Macho deve sair feito um macaco copulando com qualquer macaca que apareça?

De onde se tirou a idéia de que Homem deve ser antes um ser imbecilizado a cadente a seus impulsos biológicos – como os macacos irracionais – e não ter um mínimo de controle sobre eles?

Não sei de onde.

Se soubesse dar-lhes-ia já agora as respostas.

Mas é incompreensível como os homens, subvertendo o conceito de macheza, saem à toa por aí como macacos, sem um mínimo de razão ou retidão moral, sem pensar em nada – ou pensando como macacos –, tratando as mulheres como objetos rudes de prazer e a si próprios como escravos de desejos carnais e meramente biológicos.

Incompreensível como este tipo de macheza (com “m” minúsculo...) está mais para uma macaqueza, é ainda assim é tão estimulada...

O sexo masculino está em crise.

Os homens estão em crise.

Incontáveis são os masturbadores crônicos, leitores sádicos de Playboy e Sexy (se é que o interesse seja mesmo ler...), além dos fãs – e praticantes – das transas sem compromisso e deslocadas de seu sentido verdadeiro: são macacos.

Absurdo.
É uma crise no sexo masculino.

O Macho não é assim.

A Macheza real não é isso.

O Macho possui uma retidão moral e uma integridade que o isentaria de ser tachado por este artigo como “macaco”.

Não. Ele não é um macaco.

Ao contrário, é um Homem forte, que tem força para controlar os impulsos de sua carne, as tentações daquele rabo de saia que passa ao seu lado.

É Homem de integridade moral, de princípios sólidos e cristãos, respeitador do Matrimônio.

É Homem corajoso, destemido, principalmente para a luta contra os demônios dentro de si próprio.

É Homem de compromisso: com Deus, primeiramente, consigo próprio e com as mulheres. Nada de brincar com as mulheres: elas não são uma Playboy que se leva para o quarto e ponto final. São pessoas, e por isso mesmo merecem ser respeitadas como tal.

O Homem admira as mulheres: admira-as pelo que são, pela sua beleza, pela sua integridade, pela sua sedutora castidade.

E de tanto admirá-las é capaz de amá-las incomensuravelmente – até que um dia ame infinitamente apenas uma delas, sua esposa.

Este é o Macho de verdade.

Macho íntegro. De retidão. De moral.

Macho de sólidos princípios, de amor sincero, de auto-controle e força, de encantadora incorruptibilidade cristã – se não plenamente adquirida, ao menos sempre buscada.

Sem estas importantíssimas característicos de Homem – que o fazem realmente ser de razão e Macho de verdade – não é macho: é molequinho, bebê de fraldas borradas, um suporte para um falo.

Ou pior, um mero macaco."

E la nave va.

"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Spams

Eu estava aqui, preparando um post para falar mal do Ministro Temporão, mas, como sempre, fui verificar a veracidade da notícia e com cinco cliques vi que poderia ser tendenciosa. Segundo quem escreveu a notícia original, o Ministério da Saúde teria comprado 15 milhões de Gel Lubrificante, em um custo total de um milhão e lá vai bordoada.

É verdade, tal licitação existiu, mas não há prova nenhuma de que o tal lubrificante fosse gel íntimo a ser distribuido nos programas de prevenção à AIDS, pelo contrário, visitando o site da empresa vencedora constatei que eles fabricam também gel lubrificante para ultrassom, então desisti do post. Além do que o "trabalho" de Sua Excelência não precisa de propaganda.

Mas eis que me chega às mãos um outro email curioso. Me ofereciam uma assinatura (e não me perguntem por que meios eles conseguiram meu e-mail pessoal) de uma revista protestante e de brinde eu receberia uma "belíssima Bíblia devocional da Mulher". Agora fico me perguntando: Que diacho é isso? Será que tem florzinhas nas margens, papel com cheiro de chiclete, ou as folhas são de cor rosa ou algo do gênero?

Fui procurar para ver se existia uma "Bíblia do homem", não achei, por raciocínio lógico imagino que sejam todas as outras, mas achei uma "Bíblia do Guerreiro" (será a do jurássico Cid) e uma "Bíblia de estudo: Batalha Espiritual e Vitória Financeira". Se a moda pega heim!? Imaginem: "Bíblia devocional de quem só quer saber de Deus na hora do aperto ou para pedir favor", ou "Bíblia de Estudos: Passagens para dar uma de sábio", ai ai.

E, quanto ao e-mail da revista, não bastava terem me mandado um spam, ainda me saem com uma dessa: "você poderá desfrutar de uma Bíblia que foi especialmente preparada para você mulher". Eu heim, sai fora spamseiro maluco.



"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Apoio ao Papa

Creio que todos já devem saber que o Santo Padre, em um ato misericordioso, levantou a excomunhão que havia sido aplicada (cumprindo o que determina a lei da Igreja e certamente com muita dor no coração) por seu antecessor aos 4 bispos sagrados ilicitamente por D. Lefebvre.

O retorno dos bispos à comunhão com a Igreja era esperada por muitos e foi recebida com muita alegria em vários meios.

É certo que a revogação da pena aplicada por conta da sagração ilícita não põe fim ao problema, mas é um imenso passo para o avanço das conversas entre a Igreja e a associação a que estes bispos pertencem (FSSPX), rumo à plena comunhão.

A possibilidade da reconciliação total da FSSPX e a regularização de sua situação jurídica trazem um enorme potencial para o enfrentamento dos problemas que a Igreja vive. Os inimigos sabem disto e não ficariam calados.

No momento, então, que os lobos se põem a uivar, nada mais justo do que mostrar à Sua Santidade que nós, seus filhos, estamos do seu lado, rezando para que Deus o guarde, o vivifique e o faça feliz agora e por toda a eternidade.

Por isto achei interessante a manifestação que surgiu na internet e ganhou o apoio de vários sites e blogs e, humildemente, resolvi fazer a minha pequena parte. Peço, portanto, à todos os que passarem por aqui que visitem o link: http://www.soutienabenoitxvi.org/index.php?lang=pt e assinem o manifesto, que, segundo informações, deve ser entregue ao Santo Padre.

Façamos nossa pequena parte meus amigos.

Orémus pro Pontífice nostro Benedicto. Dóminus consérvet eum, et vivíficet eum, et beátum fáciat eum in terra, et non tradat eum in ánimam inimicórum ejus.



"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Pensando em conjunto

Já disse algumas vezes que o pessoal no poder não gosta do brasileiro, mas ultimamente tenho me questionado se o próprio brasileiro gosta do brasileiro.

Estou nas primeiras reflexões sobre algo que me pareceu interessante: a tentativa de fazer-nos sentir vergonha de muito do que ajudou a formar aquilo que somos. Assim (e lembro do meu tempo de escola), a herança portuguesa e católica, sobretudo, são geralmente pintadas como algo do que não devemos nos orgulhar, como se o elemento indígena, p.ex., tivesse sido contaminado por essa herança, deteriorando-se, juntamente com outros elementos "puros", para acabar no surgimento deste nosso povo.

Evidentemente, a tendência natural de quem sente vergonha, e se apercebe disto, é se afastar daquilo que lhe causa embaraço e procurar agir de forma diferente daquela que lhe ocorreria normalmente, geralmente usando um parâmetro considerado ideal.

Desta forma, v.g, o extremo personalismo português seria entendido como algo ruim, a ser trocado por um coletivismo ideal, onde a pessoa, concreta, passa seu valor ao coletivo, abstrato, e à ele deve se submeter.

O que talvez seja mais grave nesta situação é que não há questionamento da informação recebida (elemento católico = ruim, p.ex.), que é tida como inquestionável, e a partir daí a lógica se encarrega de tudo, sem que a vítima perceba, como se tudo fosse muito natural.

Como eu disse, apenas comecei a pensar no assunto, sinta-se à vontade para dar sua colaboração, via comentário ou e-mail. Há uma tentativa de nos envergonhar de nossa raíz portuguesa/católica? Intencional ou não? Que exemplos temos disto? Surte algum efeito? Qual? Sobre quem? Como?

Aproveito para testar essa nova idéia de post colaborativo.



"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Fauta di inducassaum


Achei uma notícia ótima para realmente voltar a atualizar o bloguinho: Sobraram 506 vagas na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Que maravilha, confesso que por essa eu não esperava, aliás, acho que nem o pessoal das "ações afirmativas", que agora encontram na nota mínima o seu maior inimigo, capaz de destruir o sonho dourado de dar a um analfabeto o título de doutor e, assim, acabar com a "terrível" desigualdade de conhecimento (lembrei agora do Opinião Popular).

Mas as boas notícias não param por aí: das quase 1600 vagas oferecidas para cotistas, 929 foram perdidas, demonstrando que o ideb não deu conta de mascarar a realidade, ao menos por enquanto.

Por favor, me entendam, não tenho nada contra os cotistas, ao contrário, bom seria que ao invés de serem enganados com promessas de facilidades eles fossem verdadeiramente educados, mas ver uma falha no sistema é sempre delicioso.

Minha aposta é que para o próximo ano tudo será resolvido e a nota mínima reduzida, se não totalmente abolida, e assim a fantasia de que a educação tem melhorado vai seguir firme e forte. Vamos esperar para ver, se alguém lembrar no final do ano, me cobrem acompanhar as regras do vestibular da UFES.

É isso ai, acho que com esta eu estou de volta de verdade.


"Tuu totus ego sum, et omnia mea tua sunt"